O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad criticou o apoio de Rodrigo Garcia ao presidente Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno das eleições à Presidência e ao ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o governo de São Paulo. O candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes afirmou que já via com "ceticismo" as chances do tucano apoiá-lo e atacou seu concorrente no primeiro turno, dizendo que a postura contraria a história do PSDB.
"Ele abriu a campanha dizendo que era herdeiro do legado de Mário Covas. Imagina o que Mário Covas diria hoje sobre um apoio a Bolsonaro", criticou Haddad.
Ao sugerir que o ex-governador não concordaria com a decisão de Garcia, Haddad destacou que políticos do PSDB foram favoráveis à campanha do ex-presidente Lula, como Armínio Fraga, presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso, e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Apesar disso, Haddad sugeriu que o apoio não o surpreende, já que Garcia tinha proximidade com Bolsonaro. O ex-prefeito alegou que já nesta campanha sua candidatura já havia sido mais atacada pelo atual governador e vice de João Doria (PSDB).
"A proximidade dele [Garcia] com Bolsonaro era muito grande. Basta lembrar do 'Bolsodoria' em 2018", disse.
Atrás de Tarcísio de Freitas no primeiro turno das eleições com 35,70%, enquanto o candidato de Bolsonaro recebeu 42,32% dos votos, Haddad já tem apoio do Solidariedade para o segundo turno. Ele também deve ter o PDT em seu palanque nessa etapa da campanha, visto que o partido de Ciro Gomes está ao lado de Lula nas eleições presidenciais.