Restando duas semanas para a votação em primeiro turno, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) mantiveram uma distância regulamentar dos seus respectivos padrinhos nacionais - o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A cautela com as referências nacionais tem um horizonte comum: o segundo turno. A dobradinha age, quando pode, para atacar o governador Rodrigo Garcia (PSDB), considerado por ambos o adversário mais difícil numa segunda etapa da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
Esta tática voltou a ficar evidente durante debate promovido pelo Estadão e pela Rádio Eldorado com um pool formado também por SBT, Terra,Veja e NovaBrasil FM. Em outro aspecto do encontro eleitoral, o ponto de convergência entre o petista e o tucano foi o contorcionismo retórico de ambos para usar o nome do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB).
Depois de décadas de oposição do PT a Alckmin, Haddad articulou uma narrativa que tentou colar em Garcia os "padrinhos" Gilberto Kassab (PSD) e João Doria (PSDB), enquanto Tarcísio correu por fora e se manteve distante da agenda radical bolsonarista.
1 de 17
Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Rodrigo Garcia (PSDB), Vinícius Poit (Novo) e Elvis Cezar (PDT)
Foto: Werther Santana
2 de 17
Elvis Cezar (PDT) chegou acompanhado da mulher
Foto: Leco Viana/TheNews2
3 de 17
Fernando Haddad posa para foto na companhia da mulher
Foto: Leco Viana/TheNews2
4 de 17
Fernando Haddad (PT) criticou a violência na campanha eleitoral
Foto: Leco Viana/TheNews2
5 de 17
Vinicius Poit (Novo) falou em relembrar os fatos dos governos passados
Foto: Lourival Ribeiro e Rogerio Pallata/SBT
6 de 17
Debate para governador em São Paulo acontece nos estúdios do SBT, em São Paulo
Foto: Divulgação/Lourival Ribeiro
7 de 17
Vinícius Poit (Novo) entrou em confronto com Haddad no começo do debate
Foto: Lourival Ribeiro e Rogerio Pallata/SBT
8 de 17
Rodrigo Garcia (PSDB) assumiu o governo de São Paulo após Doria deixar o governo
Foto: Lourival Ribeiro e Rogerio Pallata/SBT
9 de 17
Fernando Haddad (PT) aparece na liderança das pesquisas para o governo de São Paulo
Foto: Lourival Ribeiro e Rogerio Pallata/SBT
10 de 17
Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparece em segundo lugar nas pesquisas
Foto: Lourival Ribeiro e Rogerio Pallata/SBT
11 de 17
Vinicius Poit (Novo) se prepara para debate em São Paulo
Foto: Ettore Chiereguini/Agif
12 de 17
Fernando Haddad (PT) durante prepartivos para o debate
Foto: Ettore Chiereguini/Agif
13 de 17
Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi questionado por não ser de São Paulo
Foto: Werther Santana
14 de 17
Rodrigo Garcia (PSDB) conversa com assessores antes do início do debate
Foto: Ettore Chiereguini/Agif
15 de 17
Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Rodrigo Garcia (PSDB), Vinícius Poit (Novo) e Elvis Cezar (PDT) participam de debate
Foto: Werther Santana
16 de 17
Rodrigo Garcia (PSDB) e Fernando Haddad (PT) trocaram ataques
Foto: Werther Santana
17 de 17
Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu o governo federal
Foto: Allison Sales/FotoRua
Quando confrontado com o selo de afilhado de Doria, Garcia se esquivou com o argumento que, antes, não tinha a caneta na mão.
No meio da bifurcação política, Alckmin brilhou mais que os presidenciáveis ao ser disputado por Garcia e Haddad.
Ficou claro ao fim do debate que os estrategistas enxergam a disputa em São Paulo costeando o alambrado da corrida presidencial, mas os gestos precisam ser calculados. O paulista, seja de direita ou esquerda, não aceita ser coadjuvante e está mais preocupado com o quintal de casa.