Um homem de 29 anos foi preso na Rodovia Hélio Smidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na manhã desta terça-feira, 1º. Segundo a Polícia Rodoviária Federal de São Paulo (PRF SP), o homem continuou "causando desordem" após a liberação da estrada.
"Após a desobstrução da rodovia Hélio Smidt, o homem continuou causando desordem e incitando outros manifestantes a voltar a fechar a rodovia, desobedecendo as ordens dos policiais, momento em que foi detido", informou a corporação. A ocorrência ainda está em andamento.
Desde a noite de domingo, 31, após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro (PL), apoiadores do presidente bloqueiam rodovias pelo País. Eles pedem a intervenção do Exército. Há registro de envolvimento de caminhoneiros e produtores rurais nos atos, mas são majoritariamente organizados por "populares", de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em São Paulo, há sete pontos de interdição em rodovias federais. Também há paralisações em estradas estaduais. O acesso ao Aeroporto de Guarulhos, na Av. Monteiro Lobato e na rodovia Hélio Smidt, chegou a ficar parcialmente bloqueado, mas já foi liberado; 25 voos foram cancelados. Há bloqueio na BR 153, na altura do quilômetro 51; na Régis Bittencourt, altura do quilômetro 281, com os dois sentidos interditados; na Mogi-Dutra, sentido São Paulo; na Raposo Tavares, perto do Rodoanel, entre outros.
Multa de R$ 100 mil
O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), anunciou que o Estado irá multar em R$ 100 mil por hora os veículos que participam de bloqueios em estradas em protesto contra o resultado da eleição presidencial.
Em coletiva de imprensa, Garcia afirmou que, em virtude da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ordenando o fim dos atos, as negociações com os manifestantes se encerram e, a partir de agora, o Estado pode usar, se necessário, o uso da força policial para liberar as vias.
"Vamos fichar e, eventualmente, prender manifestantes que resistirem a desobstruir as vias", declarou o governador.
"Faço um apelo para que as manifestações se encerrem. As eleições acabaram, vivemos em um País democrático. São Paulo respeitará o resultado das urnas e nenhuma manifestação fará com que a democracia retroceda", acrescentou Garcia.
*Com informações do Estadão Conteúdo