O prefeito Bruno Covas (PSDB) está numericamente à frente de Celso Russomanno (Republicanos) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, mas eles seguem em empate técnico no limite da margem de erro, com 26% a 20%, respectivamente, segundo pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo. A seguir, também empatados, estão Guilherme Boulos (PSOL), com 13%, e Márcio França (PSB), com 11%.
Na comparação com a pesquisa anterior, publicada há duas semanas, Covas subiu quatro pontos porcentuais, de 22% para 26%, enquanto Russomanno caiu cinco pontos, de 25% para 20%. Além do recuo, o deputado e apresentador de TV, que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, sofreu uma forte alta na taxa de rejeição, de 30% para 38%.
Tanto Boulos quanto França ganharam pontos nas últimas duas semanas - foram de 10% para 13% e de 7% para 11%, respectivamente.
Como é a margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais, Covas e Russomanno podem ter 23% das intenções de voto. Esse cenário, porém, que contempla o pior resultado para o atual prefeito e o melhor para o apresentador de TV, tem baixa probabilidade de ocorrer de fato.
Se a eleição fosse hoje, o resultado mais provável seria o tucano ficar em primeiro lugar.
Além da troca de posições na liderança, outra novidade da pesquisa é o fato de o petista Jilmar Tatto ter se descolado do bloco dos candidatos nanicos. Ele agora tem 6% das intenções de voto - desempenho ainda muito inferior ao de todos os candidatos do partido em São Paulo nas últimas três décadas.
Entre os demais candidatos, Artur do Val, conhecido como Mamãe Falei, abrigado no partido Patriota, oscilou de 2% para 3%, e Joice Hasselmann foi de 1% para 2%. Os outros concorrentes ficaram com 1% ou menos.
A pesquisa foi realizada entre os dias 28 e 30 de outubro de 2020, com 1.204 eleitores. As entrevistas foram realizadas de forma presencial - por causa da pandemia de covid-19, a equipe do Ibope usou equipamentos para proteção da própria saúde e da dos entrevistados. O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerada a margem de erro. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo SP-01331/2020.