Pesquisa Ipespe divulgada nesta segunda-feira, 20, confirma o favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial. De acordo com o levantamento, além de liderar a corrida com ampla vantagem no primeiro turno, o petista ganha em todos os cenários no segundo, exatamente ao contrário da situação em que aparece o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas diferentes simulações. A pesquisa foi realizada entre os dias 14 a 16 de dezembro de 2021 e contou com uma amostra nacional de 1.000 entrevistados, que foram contatados por telefone.
No primeiro cenário de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista leva 53% dos votos, enquanto o atual presidente fica com 31%. Caso o segundo turno seja com Sérgio Moro, pré-candidato pelo Podemos, o resultado seria: 52% para Lula e 33% para Moro.
As maiores diferenças de voto entre Lula e seus concorrentes ocorrem quando o segundo turno é disputado contra João Doria (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). Se enfrentasse o atual governador de SP, Lula venceria por 53% a 22%. Contra Ciro, o placar seria: 52% para Lula e 25% para Ciro.
Já Bolsonaro, segundo a pesquisa, perderia em todos os possíveis cenários traçados para o segundo turno. Em uma disputa contra Ciro Gomes, Bolsonaro teria 33% dos votos, enquanto Ciro, 44%. Contra Doria, Bolsonaro teria 36% e o governador de São Paulo, 43%.
A pesquisa ainda aponta a intenção geral de votos para presidente. Na pesquisa estimulada (na qual são oferecidos os nomes dos pré-candidatos ao entrevistado), Lula lidera a corrida eleitoral com 44%, seguido do atual presidente Bolsonaro (PL), que possui 24%. O terceiro lugar é do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (Podemos), com 9% das intenções, seguido por Ciro Gomes (PDT), com 7%, João Doria (PSDB) 3%, Felipe d'Ávila (Novo) e Rodrigo Pacheco (PSD) completam a lista com 1%.
Avaliação
A pesquisa também pediu que os entrevistados analisassem o governo Bolsonaro: 54% afirmaram que, até o momento, o governo está péssimo ou ruim; 24% disseram que está ótimo ou bom e 22% optaram por regular.
Para 46% dos entrevistados, o Congresso Nacional tem uma atuação péssima ou ruim; 39% avaliaram como regular e 9% como ótimo ou bom.
A margem de erro máximo da pesquisa é estimada de 3.2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%. Os percentuais que não totalizam 100% são decorrentes de arredondamento ou de múltiplas alternativas de resposta. Até recentemente, a pesquisa era batizada XP/Ipespe; embora o nome de divulgação mensal dos dados tenha sido alterado, o levantamento é pago pela XP.