Depois de semanas de tratativas nos bastidores, a aproximação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) ficará explícita em um jantar ecumêico neste domingo, 19, no qual são esperados cerca de 500 convidados entre líderes petistas, tucanos, pessebistas, emedebistas, além de governadores. O evento vai reunir personagens que nos últimos anos foram antagonistas na política nacional.
O advogado Marco Aurélio Carvalho, um dos fundadores do grupo Prerrogativas, coletivo de advogados autodenominados "progressistas" e "antilavajatistas" que organiza o jantar, acredita que os possíveis companheiros de chapa em 2022, no caso Lula e Alckmin - nesta ordem -, devem dividir a mesma mesa. Mais de 50 jornalistas estão credenciados para cobrir o encontro.
Todos terão que apresentar exame de PCR e o passaporte da vacina na entrada. O preço do convite no restaurante Figueira Rubayat será R$ 500, mas a verba, segundo Carvalho, será revertida para uma campanha de distribuição de alimentos organizada pela Coalizão Negra por Direitos.
"As diferenças políticas devem ser deixadas de lado para o País possa enfrentar e vencer o legado de fome e miséria do lavajatismo e de seu filho mais ilustre, o Bolsonaro", disse Marco Aurélio Carvalho. Entre os nomes na lista que confirmaram presença estão advogados do Prerrogativas como Flávia Rahal, Fábio Tofic, Antonio Cláudio Mariz, Alberto Toron, Roberto Podval e Dora Cavalcanti.
No campo político, nomes próximos a Alckmin, como o ex-prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, e o ex-deputado Pedro Tobias vão circular entre petistas como os governadores Rui Costa (PT), da Bahia, Camilo Santana (PT), do Ceará (PT), Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco, o presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi, e o presidente do PSD, Gilberto Kassab.