Lula declara torcida por Kamala Harris nos EUA às vésperas das eleições

1 nov 2024 - 18h23

As eleições presidenciais nos Estados Unidos, programadas para 5 de novembro de 2024, atraem a atenção mundial devido ao impacto potencial de seus resultados na geopolítica global. A democrata Kamala Harris enfrenta o ex-presidente Donald Trump, candidato do Partido Republicano, numa disputa que mobiliza não apenas os americanos, mas também líderes e analistas políticos em todo o mundo.

Kamala Harris
Kamala Harris
Foto: depositphotos.com / thenews2.com / Perfil Brasil

Nesta sexta-feira, 1, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva manifestou interesse particular nessas eleições, expressando suas preocupações sobre o cenário político internacional. Sua preocupação central gira em torno do fortalecimento da democracia e do ressurgimento de discursos de extrema-direita.

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"Com Kamala Harris é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia. Nós vimos o que foi o presidente Trump [...], aquele ataque ao Capitólio. Uma coisa que era impensável acontecer nos EUA, porque se apresentavam ao mundo como modelo de democracia. E esse modelo ruiu", declarou o presidente.

Quais são os possíveis impactos da vitória de Donald Trump?

Uma possível vitória de Trump levanta receios tanto políticos quanto econômicos em vários países, incluindo o Brasil. Politicamente, teme-se que sua retórica de extrema-direita possa desencadear um efeito dominó em regiões vulneráveis a discursos conservadores, especialmente na América Latina. Esse cenário foi observado anteriormente quando, em 2016, sua vitória coincidiu com a ascensão de líderes semelhantes em outras partes do mundo.

Economicamente, o Palácio do Planalto teme a valorização do dólar, que pode aumentar a pressão inflacionária no Brasil. Uma moeda americana mais forte poderia tornar as exportações brasileiras menos competitivas, além de encarecer as importações, especialmente de insumos industriais e agrícolas.

Qual é a posição de Kamala Harris e como ela se destaca nas eleições?

Kamala Harris, atual vice-presidente dos Estados Unidos, representa a continuidade das políticas democratas, focando no fortalecimento das instituições democráticas e no combate a desigualdades sociais. Sua candidatura é vista como um contraponto ao conservadorismo extremo, apelando para eleitores que valorizam a diversidade e a inclusão.

Harris enfatiza também a importância de reconstruir alianças internacionais e reverter políticas de isolamento que marcaram a administração Trump. Seu foco é promover uma agenda que prioriza o meio ambiente, direitos humanos e o multilateralismo.

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Como o Brasil vai se preparar para diferentes cenários após as eleições?

Diante das incertezas com as eleições norte-americanas, o Brasil, sob a liderança de Lula, está tomando medidas preventivas para mitigar os possíveis impactos econômicos. A equipe econômica brasileira defende uma revisão de gastos públicos, preparando um pacote de medidas fiscais para proteger a economia local.

A ênfase em disciplina fiscal e a busca por estabilidade econômica são estratégias para garantir que, independentemente do desfecho eleitoral nos EUA, o Brasil mantenha seu crescimento econômico e controle inflacionário.

Independentemente do resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos, as repercussões serão sentidas globalmente, influenciando desde acordos comerciais até alianças diplomáticas. No Brasil, a expectativa é de que o governo esteja preparado para adaptar suas políticas, promovendo uma economia robusta e menos suscetível a choques externos.

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