O primeiro bloco do debate presidencial da Band, realizado na noite deste domingo, 16, foi marcado pela troca de farpas entre os candidatos à presidência. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o Jair Bolsonaro (PL) "é amigo de miliciano". O presidente, por sua vez, acusou o petista de defender o traficante Marcola.
Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu vídeos que vinculavam Lula ao criminoso. Ainda assim, Bolsonaro voltou a abordar o assunto e disse que os governos do PT não transferiram Marcola, chefe da facção criminosa PCC. "Não fez isso por amizade ou por um grande acordo?", questionou.
Lula se defendeu e relatou que não era responsável por transferência de presos, mas que construiu 5 presídios de segurança máxima. O petista também aproveitou o direito de fala para alfinetar o adversário e insinuou que Bolsonaro tem ligações com milicianos.
Em um contra-ataque, Bolsonaro disse que Lula tem "amizade" com bandidos e ressaltou que o adversário foi votado por 4 a cada 5 encarcerados. O petista, portanto, destacou o número de votos conquistados no primeiro turno e sua vantagem em relação ao rival.
Aliados de Bolsonaro usam mesmo discurso
Pelas redes sociais, o ex-juiz Sergio Moro --que acompanha Bolsonaro no debate-- abordou o assunto e atacou o ex-presidente. O senador eleito pelo Paraná questionou as gestões anteriores do petista e disse que "com 2 meses de Governo, foi feito o que Lula não fez em 8 anos".
Por que Lula, no Governo, nunca transferiu os líderes do PCC, Marcola entre eles, para presídios federais de segurança máxima? E isso mesmo após os atentados de 2006. Perguntado, não respondeu. Em fevereiro de 2019, com 2 meses de Governo, foi feito o que Lula não fez em 8 anos.
— Sergio Moro (@SF_Moro) October 16, 2022