O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou em uma transmissão ao vivo realizada ao lado do deputado federal André Janones (Avante), nesta sexta-feira, 21, que "brigou muito com o PT" para não fazer campanha eleitoral dentro de igrejas.
"As pessoas quando vão a igreja, não vão atrás de candidato ou política, elas vão cuidar da sua fé. Eu briguei muito com o PT porque o pessoal queria que eu fosse a igreja. Eu falei: 'Não vou, não vou utilizar religião na minha campanha'", revelou Lula, que se assume católico.
O ex-presidente relembrou, ainda, que foi o responsável por sancionar a Lei da Liberdade Religiosa e também da Marcha para Jesus. "Para mim, a religião é uma coisa boa. Jamais a utilizarei, porque eu acho que quem usa o nome de Deus em vão está mentindo", disparou. O petista também disse que "Deus sabe" o que é falado e feito, e no dia dia "juízo final" essa pessoa vai pagar.
"Só uma coisa agora, como cristão e evangélico, queria agradecer o senhor por não estar usando religião para ganhar voto. Se tiver que ganhar ou perder, o senhor continua fazendo isso sem usar o nome de Deus em vão, como eles estão fazendo", dispara Janones.
Na transmissão ao vivo, que contou com mais de 300 milhões de visualizações, Lula falou sobre o Auxílio Brasil, o extinto Minha Casa Minha Vida e, também, esclareceu pontos sobre o aumento do salário mínimo, proposta que esteve entre os assuntos mais debatidos na reta final da campanha eleitoral do segundo turno.