Lula ostenta apoio de Tebet na volta do horário eleitoral; Bolsonaro, de Neymar e governadores

Primeira inserção de rádio do presidente para o segundo turno desqualificou pesquisas eleitorais: 'safadeza das grandes'; institutos vêm rebatendo acusações

7 out 2022 - 09h43
(atualizado às 11h40)

As campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) retomaram a propaganda eleitoral gratuita nesta sexta-feira, 7. De modo geral, os programas focaram nos apoios recebidos pelos presidenciáveis na largada do segundo turno. O candidato à reeleição ostentou ter ao seu lado o jogador Neymar Jr. e uma leva de governadores de Estados do Norte e Centro-Oeste. Já o petista reproduziu áudio da senadora Simone Tebet (MDB) dizendo que deposita nele o seu voto.

Conforme as regras do horário eleitoral, Lula abriu a programação, pois a ordem é definida considerando o resultado do primeiro turno. Bolsonaro deve iniciar o próximo. Haverá alternância a cada programa.

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O programa do presidente Bolsonaro começou agradecendo os votos recebidos no primeiro turno e reforçando o discurso de desqualificar as pesquisas eleitorais. Os locutores da inserção afirmaram que os institutos que realizam as sondagens e veículos de imprensa, ao noticiarem os resultados, promoviam um "mil contra um" contra o chefe do Executivo. "Foi perda total de credibilidade das pesquisas. Não foi margem de erro, não, foi erro com margem. Safadeza das grandes", diz um dos locutores.

Os institutos vêm rebatendo as acusações. Nesta semana, a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) divulgou nota repudiando as tentativas de judicializar as sondagens eleitorais. O ministro Anderson Torres, da Justiça, pediu à Polícia Federal a abertura de inquérito para investigar a atuação dessas empresas. Senadores e deputados também se mobilizam para abrir Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) sobre o tema.

Apoio da senadora Simone Tebet (MDB) foi usado no primeiro programa eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o segundo turno.
Apoio da senadora Simone Tebet (MDB) foi usado no primeiro programa eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o segundo turno.
Foto: Alex Silva/Estadão / Estadão

No último domingo, 2, Bolsonaro mostrou força nas urnas ao eleger com votações expressivas diversos aliados para a Câmara e o Senado, além do bom desempenho de seus candidatos aos governos estaduais, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), que ficou à frente de Fernando Haddad (PT) em São Paulo.

O presidente voltou a destacar feitos de seu governo voltados ao social, como o auxílio emergencial de R$ 600 e outras benesses econômicas, como a redução do preço dos combustíveis.

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Mirando os eleitores que pedem a pacificação do País, frente à polarização e os episódios recentes de violência política, Lula prometeu um futuro de "paz e prosperidade" caso seja eleito. Afirmou, mais uma vez, que a vida da população melhorou quando ele chefiava o Executivo, e conclamou seus apoiadores a "chamar cada vez mais gente para formar uma grande corrente e vencer o segundo turno".

Diferentemente do programa de Jair Bolsonaro, o de Lula teve espaço para uma fala de seu candidato a vice. O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que "os democratas são os verdadeiros patriotas", fazendo uma contraposição aos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que têm no "amor à Pátria" uma de suas maiores bandeiras.

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