O pastor Silas Malafaia, da igreja evangélica Assembleia de Deus Vitória em Cristo, disse ao jornal Folha de S. Paulo neste sábado que o programa de governo da presidenciável Marina Silva (PSB) “melhorou muito”.
Malafaia fez críticas ao documento anunciado na última sexta-feira que defendia o casamento homoafetivo, a criminalização da homofobia e a lei de identidade de gênero. O pastor atacou o partido nas redes sociais por ativismo gay.
O Pgm de gov de Marina é uma defesa vergonhosa da agenda gay,e o pior,com dados mentirosos sobre o assassinatos de gays.Vou provar aguardem
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia)
August 30, 2014
Para o pastor, o projeto ainda cumpre a agenda LGBT, mas já avançou após a revisão. Ele ainda disse que Marina Silva não fez a correção por suas críticas, mas sim porque não pode contrariar o povo evangélico. Após a revisão do programa do PSB, Malafaia se mostrou satisfeito e fez referência irônica ao deputado do PSOL, Jean Wyllys, defensor da causa gay.
Jean Wyllys ta pensando que nós somos otários,cantou vitoria antes do tempo e já tomou a 1ª burduada com parte da mudança do Pgm de Marina.
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia)
August 30, 2014
A coligação de Marina Silva alterou o projeto – eliminando ou mudando parte dos trechos em que se comprometia a trabalhar com o Congresso para o avanço desses temas. Em visita à Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, neste sábado, Marina disse que houve um “engano”, e foi divulgado um texto que não havia sido aprovado pela coordenação da campanha. De acordo com ela, o mesmo ocorreu em relação à energia nuclear.
“Não é que foi uma revisão. Na verdade, nós tivemos dois problemas no programa, que foi em relação à energia nuclear, que na parte de ciência e tecnologia foi incluída uma questão que não havia sido acordada entre mim e o Eduardo [Campos], e na parte do movimento LGBT. O texto para publicação foi o texto tal como foi apresentado pela demanda dos movimentos sociais. Todos os movimentos sociais apresentaram suas demandas; foram feitas as mediações e se contemplou o tanto quanto possível as propostas. Agora voltou com o texto que foi mediado”.
De acordo com ela, independentemente da posição quanto à política LGBT, o compromisso da candidatura é com a defesa do Estado Laico, respeito à liberdade individual e à liberdade religiosa.
Com informações da Folha de S. Paulo e Agência Brasil.