Trabalhadores realizam nesta sexta-feira (15) um protesto contra a escala 6×1, que prevê seis dias consecutivos de trabalho para apenas um de folga. O ato ocorre na Avenida Paulista, em São Paulo, e tem mobilizações previstas em outras capitais, como Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Vitória e Porto Alegre.
A manifestação foi organizada por meio de redes sociais e liderada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), autora da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala. Durante o ato, Erika defendeu a redução da jornada como um avanço necessário. "Outros países do mundo, com economias fortes, já mudaram a sua escala de trabalho e seguem firmes. Estudos nos apontam que a diminuição da jornada de trabalho melhora a produtividade, porque o trabalhador está descansado", afirmou em discurso.
FIM DA ESCALA 6X1: VAMOS ÀS RUAS
Amanhã, dia da Proclamação da República, estaremos nas ruas fazendo nossa voz ser ouvida pelo fim da escala 6x1.
Já são capitais de todas as regiões do Brasil confirmadas nessa luta, em atos coordenados com o @Movimento_VAT e o @RickAzzevedo .
— ERIKA HILTON (@ErikakHilton) November 14, 2024
Guilherme Boulos reforça importância da mobilização contra a escala 6×1
O protesto também contou com a presença do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), que ressaltou a importância de manter a luta em evidência. "A gente tem a responsabilidade de manter essa bandeira de pé, seguir forte nas redes, não deixar esmorecer e fazer novos movimentos de rua", declarou em discurso.
Boulos também destacou que o ato na Paulista é o primeiro desde que a PEC obteve as assinaturas necessárias para tramitação em Brasília. "Que seja o primeiro de muitos. Não só na rua, mas seguindo a mobilização nas redes sociais, que foi muito importante para a gente conseguir as assinaturas em Brasília", disse à CNN. Ele ainda criticou os argumentos contrários à proposta. "Nós não podemos cair nesse pânico que alguns já estão querendo criar para manter privilégios, para manter uma jornada de muita exploração sobre os trabalhadores."
Além dos parlamentares, o protesto reuniu integrantes de movimentos sociais e sindicais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de representantes de partidos políticos.