Um grupo de personalidades de diversas áreas, incluindo antipetistas tradicionais, assinou nesta semana um manifesto pela eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já no primeiro turno da eleição presidencial de outubro.
O documento foi encabeçado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que passou a atuar no grupo da pré-campanha de Lula, mesmo que seu partido não planeje, por enquanto, apoiar formalmente o ex-presidente.
Até o momento, o manifesto tem pouco mais de 50 assinaturas. Entre os nomes, artistas como Chico Buarque, tradicional defensor da candidatura de Lula, advogados como Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Sepúlveda Pertence.
Também estão na lista nomes críticos a Lula e o PT, como o senador Cristovam Buarque (Cidadania-DF), ex-petista que se tornou um crítico ferrenho do partido; a empresária paulista Rosângela Lyra, ligada ao movimento Vem para Rua, e o ex-ministro da Justiça Milton Seligman, do governo do tucano Fernando Henrique Cardoso.
O manifesto diz que a eleição de 2022 não é uma votação comum, mas "um plebiscito entre continuar o desastre ou retomar a estabilidade democrática-institucional, o fim do negacionismo, a volta da empatia social e a retomada de um desenvolvimento sustentável".
"Não há razão que justifique adiar para o segundo turno, correr o risco das incertezas decorrentes de disputas secundárias, e principalmente os riscos de atos fora da Constituição. Por isso, apelamos a todos os democratas, os candidatos e seus eleitores, para que nos unamos no primeiro turno a Luiz Inácio Lula da Silva", diz o texto.
O manifesto segue ainda lembrando que vários dos signatários foram críticos do ex-presidente no passado, ou dos governos do PT, mas ressalta a disposição de Lula de construir uma frente ampla para governar e "confiança de que ele está preparado para a tarefa de pacificar, governar e reconstruir o Brasil."