Marçal (21%) cresce e empata com Nunes (19%) e Boulos (23%) na liderança em SP, diz Datafolha

A ascensão do influenciador é significativa, ultrapassando numericamente o prefeito e deixando para trás o apresentador José Luiz Datena (PSDB), que caiu de 14% para 10%

22 ago 2024 - 17h27
(atualizado em 23/8/2024 às 17h03)

Em um levantamento realizado pelo Datafolha, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) surpreendeu ao crescer sete pontos percentuais em apenas duas semanas, empatando na liderança da corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo. Marçal marcou 21%, mesmo patamar de Guilherme Boulos (PSOL), que oscilou entre 22% e 23%, e do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que foi de 23% para 19%.

Os líderes da corrida eleitoral em SP, Marçal, Nunes e Boulos
Os líderes da corrida eleitoral em SP, Marçal, Nunes e Boulos
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

O crescimento do influenciador é significativo, ultrapassando numericamente o prefeito e deixando para trás o apresentador José Luiz Datena (PSDB), que caiu de 14% para 10%. Atrás desses candidatos estão Tabata Amaral (PSB), que oscilou de 7% para 8%, e Marina Helena (Novo), que se manteve em 4%. Votos em branco e nulo somam 8% (anteriormente 11%), enquanto 4% dos eleitores permanecem indecisos (anteriormente 3%).

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Crescimento de Pablo Marçal

A ascensão de Marçal tem sido impulsionada por sua forte presença e engajamento nas redes sociais, aliada a uma imagem antiestablishment. Apesar do histórico polêmico e da ausência de propostas concretas, sua campanha tem ganhado tração junto aos eleitores, especialmente aqueles que apoiaram Jair Bolsonaro (PL) em 2022. Atualmente, 44% dos eleitores do ex-presidente apoiam Marçal, em comparação com 29% duas semanas atrás.

Embora Marçal tenha pulado de 1% para 13% na pesquisa espontânea, onde os eleitores citam seus favoritos sem ver uma lista de candidatos, Boulos ainda lidera com 17%, e Nunes oscilou de 9% para 7%.

O crescimento de Marçal afeta de formas diversas os seus principais adversários. Ricardo Nunes tem sido o mais afetado, vendo seu eleitorado bolsonarista migrar para Marçal. Para Guilherme Boulos, o desafio é ajustar seu discurso para contrapor Marçal, que o acusa de invasão de propriedades, referência ao passado de Boulos como líder sem-teto.

Reações de outros candidatos

Tabata Amaral e Marina Helena, embora ainda estejam atrás nas pesquisas, mostraram desempenho notável em debates. Já Datena luta contra uma imagem de candidato ambíguo e enfrenta dúvidas sobre sua permanência na disputa, devido ao seu histórico de desistências. A avaliação de Nunes, por sua vez, também não ajuda: sua aprovação caiu de 31% para 26%, e sua reprovação subiu para 25%.

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A pesquisa também revelou que um empate quádruplo existe entre os mais pobres (36% dos entrevistados ganham até 2 salários mínimos). Marçal, Boulos e Nunes têm 18% nesse grupo, enquanto Datena tem 15%. Entre os evangélicos, Marçal lidera com 30%, uma margem confortável diante de Nunes, que possui 22%.

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