A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, defendeu nesta segunda-feira (27) que o Brasil passe por uma "Operação Lava Voto" para corrigir erros políticos e para o país retornar aos trilhos.
Marina disse lamentar o envolvimento de importantes lideranças políticas em casos de corrupção, citando especificamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o senador tucano Aécio Neves, e voltou a defender que partidos tradicionais se afastem do poder.
"Nós já tivemos a operação Lava Jato, agora nós precisamos da operação Lava Voto, para que o Brasil volte a entrar nos trilhos", disse Marina em entrevista à TV Record.
A ex-senadora, que foi ministra de Lula e declarou apoio a Aécio no segundo turno da eleição de 2014, disse que deixou o governo petista no auge e por coerência e que, fosse hoje, não teria dado apoio ao tucano.
"Eu acho que houve um grave erro político, ou de conivência ou de envolvimento direto de vários líderes do PT com vários casos de corrupção", afirmou.
"Eu não fico feliz com isso, de ver pessoas que poderiam estar ajudando no processo político estarem sendo impedidas - como é o caso do próprio ex-presidente Lula -, o Aécio Neves e tantos outros por envolvimento em graves casos de corrupção. Eu queria, mesmo divergindo, que essas pessoas não tivessem praticado este tipo de erro."
Indagada sobre se, caso eleita, concederia um indulto a Lula, que está preso desde abril cumprindo pena por corrupção e lavagem de dinheiro, a presidenciável da Rede disse que a medida não pode ter fins eleitorais.
"Não se pode oferecer o indulto para se ganhar voto, para se ganhar simpatia", avaliou Marina, que disse não tratar a justiça como vingança, mas como reparação.
"O PT, o MDB, o DEM, o PSDB deveriam ter umas férias. Quatro anos para repensar tudo o que fizeram contra eles próprios, contra o povo brasileiro", defendeu ela.