Candidata à presidência derrotada no primeiro turno das eleições, Marina Silva (PSB) divulgou um vídeo em suas redes sociais, na noite desta terça-feira, cumprimentando Dilma Rousseff (PT) pela reeleição. Além de afirmar que a presidente "certamente irá adotar medidas que atacou em sua campanha", pede para que ela faça "mudanças que saiam do discurso".
"Quero cumprimentar a presidente Dilma Rousseff pela sua reeleição e desejar que seu governo atenda as melhores expectativas da sociedade brasileira, que exige mudanças, como ela mesma reconheceu em seu discurso de vitória. Mudanças que saiam do discurso para a prática, nos processos, nas escolhas, e, principalmente nas atitudes (...). Agora que a eleição passou, certamente a presidente Dilma irá adotar em seu governo medidas que atacou em sua campanha", diz.
Em seguida, Marina afirma que o governo "não conta com prazos longos" e precisa desde já dar sinais de mudanças na condução da economia, para "superar uma crise que ameaça se agravar com a estagnação e a volta da inflação", e também na condução da política, que "com reforma ou sem reforma precisa abandonar a prática de distribuir pedaços do Estado e privatizá-lo em nome de uma suposta governabilidade".
A ex-senadora completa seu discurso cumprimentando Aécio Neves (PSDB), candidato apoiado por ela no segundo turno, pela "determinação na campanha", pela "expressiva votação" e pelos "compromissos socioambientais incorporados".
"O desenvolvimento sustentável permanece sendo muito mais que nossa utopia, é critério para a prática, o sentido de nossa ação política. É por essa agenda que permanecemos atentos e ativos. Por ela valeu a pena participar de uma campanha tão difícil e enfrentar toda a agressividade do marketing selvagem baseado na mentira. Agora, pelo futuro sustentável que sonhamos construir, dirijo aos meus companheiros e a todos os brasileiros e brasileiras a velha e persistente saudação de sempre: a luta continua, não vamos desistir do Brasil", finaliza, usando a mesma frase adotada por Eduardo Campos no início da campanha.
