O irmão do candidato a Presidência da República Eduardo Campos (PSB), o advogado e escritor Antônio Campos, enviou uma nota oficial para a imprensa, nesta quinta-feira. Eduardo Campos morreu em um acidente de avião, em Santos, na última quarta-feira. Na nota, Antônio defende que Marina Silva, candidata a vice-presidente na chapa do irmão, deve assumir o lugar de Eduardo na disputa presidencial.
"Externo a minha posição pessoal que Marina Silva deve encabeçar a chapa presidencial da coligação Unidos Pelo Brasil liderada pelo PSB", disse Antônio, que é filiado ao PSB e membro do Diretório Nacional, com direito a voto.
Na nota, Antônio diz ainda que a coligação deve, após debate democrático, escolher o nome de um candidato a vice, para integrar a chapa. "Tenho convicção que essa seria a vontade de Eduardo", diz o advogado que é o único irmão do político.
Antônio lembrou a morte de seu avô, Miguel Arraes - que também aconteceu no dia 13 de agosto, há nove anos - e disse que Eduardo será enterrado no mesmo túmulo que ele, no Cemitério de Santo Amaro, em Recife, onde consta uma lápide com uma frase do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade.
Aposta em Marina cresce no partido
Deputado federal pelo PSB do Rio Grande do Sul, José Stedile também defendeu, nesta quinta, o nome de Marina Silva como candidata do partido à presidência da República. "Não há uma discussão organizada sobre isso ainda, mas a tendência é que a indicação ocorra pelo sentimento da maioria das pessoas", disse.
Stedile chegou ao Recife nesta quinta e foi à casa de Eduardo Campos prestar solidariedade. "Vim dar um abraço em Renata Campos (viúva do ex-governador) e em especial em Ana Arraes (mãe de Eduardo e ministra do Tribunal de Contas da União). Ela foi minha amiga na Câmara Federal", declarou.
O ministro do TCU José Múcio Monteiro, amigo da família de Eduardo, afirmou que era muito cedo para tratar de política. "Ainda não consigo pensar nisso. Não é hora", enfatizou.
Com informações de Franco Benites, direto de Recife.
Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos