Marina Silva vê Brasil em risco e diz que Bolsonaro cometeu crime em vídeo polêmico

Deputada federal crê que o “Brasil fictício” criado por Bolsonaro causa muito problemas para todos, principalmente para o Meio Ambiente

16 out 2022 - 20h07
(atualizado às 20h44)
Em setembro, Marina Silva declarou apoio à Lula (PT)
Em setembro, Marina Silva declarou apoio à Lula (PT)
Foto: Karen Lemos/Terra

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) avalia que o Brasil está em risco e que o “Brasil fictício” criado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) está causando muitos problemas. Em entrevista ao Terra durante o primeiro debate presidencial do 2º turno, a deputada federal eleita por São Paulo também comenta sobre “instrumentalização da vulnerabilidade” de crianças pela campanha de Bolsonaro.

“Infelizmente, o padrão do presidente Bolsonaro é de não levar para o terreno da discussão, do debate. É sempre do embate, da violência política e do ataque numa perspectiva totalmente distorcida do que está acontecendo na realidade brasileira”, ressalta Marina Silva.

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Para ela, sua falta de compromisso com a realidade faz com que o Brasil “real” fique em risco e seu debate fique no campo da fake news. "Mas, infelizmente, essa ficção está causando muitos problemas para trabalhadores, mulheres, jovens, crianças, empresários e, principalmente, para o meio ambiente”.

Questionada sobre a polêmica do vídeo de Bolsonaro em que ele afirmou que “pintou um clima” com adolescentes venezuelanas, Marina acredita que o presidente fez uso da “instrumentalização da vulnerabilidade daquelas crianças em benefício de sua campanha e queria ficar impune do ponto de vista da opinião pública."

Além disso, para a deputada federal, ao identificar uma possível condição de exploração sexual infantil, Jair Bolsonaro deveria ter tomado as providências cabíveis, acionando órgãos de fiscalização, investigação e punição. 

”Ele comete crime de prevaricação. Sua abordagem é totalmente inadequada do ponto de vista político, do ponto de vista institucional e do ponto de vista ético”, complementa.

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Fonte: Redação Terra
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