O MDB reiterou em nota nesta quarta-feira, 5, que libera seus filiados para se manifestarem no segundo turno "conforme sua consciência". O partido enfatizou a defesa em favor da liberdade, democracia e povo brasileiro e destaca que, em qualquer cenário, "cobrará do vencedor o respeito ao voto popular".
"Nas últimas 48 horas, dirigentes, congressistas, governadores e prefeitos externaram sua posição em relação à disputa nacional em segundo turno. Por ampla maioria, o MDB decidiu dar liberdade para que cada um se manifeste conforme sua consciência", diz a nota.
A senadora Simone Tebet (MDB), que foi candidata do partido à Presidência e ficou em terceiro lugar, vai declarar voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta quarta, em pronunciamento em São Paulo, conforme apurou o Broadcast Político. Ela almoça com Lula na casa de Marta Suplicy e irá anunciar o apoio logo depois.
Na terça-feira, 4, Tebet se encontrou com o candidato a vice na chapa, Geraldo Alckmin, que tem sido um dos articuladores da aproximação da senadora com a campanha petista.
Outros líderes nacionais do MDB, como o senador Renan Calheiros (AL) e o deputado eleito Eunício Oliveira (CE), também viajarão para a capital paulista, onde está o comitê de Lula, e ajudarão na campanha do petista.
Diretórios de ao menos dez Estados, como os do Nordeste e do Rio - que já estavam com Lula no primeiro turno -, vão repetir o aval ao petista. O ex-presidente Michel Temer (MDB), como mostrou o Estadão, deve apoiar Jair Bolsonaro (PL). A relação de Temer com o PT ficou desgastada após o impeachment de Dilma Rousseff (PT).
"Em respeito ao cenário, o MDB deixa claro que cobrará do vencedor o respeito ao voto popular, ao processo eleitoral como um todo e, sobretudo, a defesa intransigente da Constituição de 19888 e do Estado Democrático de Direito", finaliza a nota.