Moraes manda apagar publicações falsas sobre declaração de voto de Marcola em Lula

A informação falsa começou a circular nas redes bolsonaristas a partir de um grampo da Polícia Federal (PF)

2 out 2022 - 12h26
(atualizado às 15h29)

O ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou neste domingo, 2, a remoção de publicações que afirmam que o traficante Marcola, do Primeiro Comando da Capital (PCC), declarou voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula Da Silva (PT).

Moraes disse que a conversa não indica "qualquer declaração de voto" em Lula.
Moraes disse que a conversa não indica "qualquer declaração de voto" em Lula.
Foto: DW / Deutsche Welle

A decisão diz que a informação é "inverídica e descontextualizada" e que o TSE não pode permitir a circulação de uma notícia falsa na véspera da eleição. A informação começou a circular nas redes bolsonaristas a partir de um grampo da Polícia Federal (PF). "É melhor, mesmo sendo pilantra", diz a gravação.

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Moraes disse que a conversa não indica "qualquer declaração de voto" em Lula.

"Na verdade, os diálogos transcritos, além de se relacionarem a condições carcerárias, apresentam apenas conotação política, pois retratam suposta discussão de Marcola e outros interlocutores a respeito de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro. Embora o teor dos diálogos revele uma discussão comparativa entre os candidatos, não existe declaração de voto", diz um trecho da decisão.

O presidente do TSE lembra ainda que Marcola está com os direitos políticos suspensos por causa de uma condenação e, portanto, não pode votar.

A notícia foi compartilhada inclusive pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A multa em caso de descumprimento é de R$ 100 mil.

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