Moro declara apoio a Bolsonaro no segundo turno 'contra o projeto de poder do PT'

Senador eleito do Paraná afirmou que Lula 'não é uma opção eleitoral'

4 out 2022 - 12h37
(atualizado às 14h56)
Eleito senador pelo Paraná, Sergio Moro declara apoio a Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno
Eleito senador pelo Paraná, Sergio Moro declara apoio a Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno
Foto: Reuters / BBC News Brasil

O senador eleito Sérgio Moro (União Brasil) declarou nesta terça-feira, 4, apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno e disse que o petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "não é uma opção eleitoral". O anúncio foi feito no Twitter. Ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça do atual governo, Moro venceu a disputa no Paraná no domingo, 2, com 1.953.159 votos (33,5% dos votos válidos).

"Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro", afirmou Moro.

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Quando juiz à frente da Operação Lava Jato, Moro condenou Lula por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP), o que levou o petista à prisão. A sentença foi confirmada em segunda instância e também no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Lula ficou na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, por 580 dias, mas foi solto após o Supremo Tribunal Federal (STF) mudar o entendimento sobre prisão em segunda instância. Depois, os processos da força-tarefa foram anulados.

Bolsonaro e Moro eram aliados e o ex-juiz chegou a ser ministro da Justiça e Segurança Pública do governo, mas deixou o cargo acusando o presidente de interferir na Polícia Federal para proteger filhos e aliados. A PF, no entanto, disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) não haver elementos para acusar o presidente de interferir na corporação.

"Sérgio Moro, além de traíra é mentiroso", chegou a dizer o presidente.

Moro se filiou ao Podemos e depois trocou pelo União Brasil na tentativa de ser candidato à Presidência da República. Sem apoio, acabou desistindo e concorreu a uma vaga pelo Senado no Paraná após ter o seu domicilio eleitoral em São Paulo rejeitado pela Justiça.

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