O ex-ministro da Justiça e atual pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, Sérgio Moro, disse que não participaria de debates com Ciro Gomes (PDT) sem que o adversário mude sua "postura ofensiva e agressiva". As declarações do pré-candidato do Podemos ao canal MyNews, nesta segunda-feira, 20, provocaram polêmica nas mídias sociais; apoiadores de Ciro usaram a entrevista para chamar o ex-juiz de 'medroso' e 'arregão'.
"O Ciro, primeiro, precisa largar essa postura ofensiva e agressiva para dialogar", disse Moro. A declaração foi dada após o ex-juiz receber um convite para participar no futuro do programa Diálogos, do canal. A ideia era que ele e Ciro Gomes se encontrassem nesse programa para apresentar suas respectivas propostas econômicas caso sejam eleitos. Entretanto, o ex-ministro resistiu à ideia: "Se for entrar em um diálogo com alguém que começa ofendendo, como ele tem feito, daí não é debate. Não agrega em nada!".
Moro afirmou que seu próprio projeto está em construção, com algumas prioridades. "A gente precisa recuperar a credibilidade fiscal, ter um grande programa de licitações e concessões. Precisamos ter força para erradicação da pobreza, resgatar a nossa imagem internacional e isso vai ter que ser construído pela discussão sobre meio ambiente", disse. "Não me abstenho de detalhar e de discutir embora vamos colocar que é um programa em discussão."
Na terça-feira, 21, Moro publicou em sua rede social que encontrou o deputado estadual Arthur do Val (Patriota), conhecido como Mamãe Falei, e afirmou que os dois estarão "juntos pelo Brasil e por São Paulo no próximo ano".
O ex-juiz ainda disse que o "Brasil precisará da sua locomotiva econômica para sairmos do atoleiro que nos encontramos". Ligado ao Movimento Brasil Livre, Arthur do Val é pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Patriota. O partido ainda não fechou como vai se posicionar na disputa presidencial, mas do Val já afirmou que não admitiria apoiar Bolsonaro. Por enquanto, entre os postulantes ao governo paulista, do Val é o único a oferecer palanque para o ex-juiz no principal colégio eleitoral brasileiro.