O procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, instaurou nesta sexta-feira procedimento preparatório eleitoral para investigar a prestação de contas do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em relação à utilização da aeronave Cessna 560XL, cuja queda resultou na morte de sete pessoas, entre elas o então candidato à Presidência da República pelo partido, Eduardo Campos.
O Ministério Público Eleitoral irá apurar se o uso do avião respeitava a legislação eleitoral, tanto na prestação de contas parcial quanto na arrecadação e gastos envolvidos na campanha.
Um dos pedidos é para que o Comitê de Campanha do PSB apresente a documentação que comprove a movimentação financeira para a utilização da Cessna 560XL na campanha presidencial. O partido terá de encaminhar ao PGE os recibos eleitorais que comprovam a prestação de contas parcial, prevista na resolução 23.406/2014 do Tribunal Superior Eleitoral.
Documentos entregues à Polícia Federal pelos representantes da AF Andrade, empresa que constava como proprietária da aeronave, informam que o jato teria sido vendido para três empresários pernambucanos, parcelado em 16 depósitos bancários. No entanto, o uso por parte de Campos não foi informado pelo partido ao TSE. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o jatinho foi financiado por empresas com endereços fantasmas e sem lastro financeiro.