As contas da candidata a deputada federal Paola Silveira (PTB-RJ), esposa do candidato bolsonarista ao Senado Daniel Silveira (PTB-RJ), foram bloqueadas nesta terça-feira, 30, em cumprimento a uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, atual presidente do Superior Eleitoral (TSE).
A decisão é do dia 25 de agosto, publicada após Daniel utilizar perfis da esposa para gravar vídeos fazendo campanha nas ruas e atacando Alexandre de Moraes e o TSE.
Em entrevista ao Terra durante o debate presidencial de domingo, 28, Daniel definiu a medida como "absurda".
"[Paola] não é polo ativo e nem passivo no processo [contra ele], não tem foro e o Alexandre está bloqueando ela”, comentou. “Quer dizer, é uma candidata do gênero feminino, né? Fala-se tanto em mulher, ela não tem processo e foi bloqueada em tudo. Um absurdo”.
Na decisão, Moraes pontuou que Daniel Silveira utilizou as redes da esposa para reproduzir “conteúdo que já foi objeto de bloqueio nestes autos, burlando decisão judicial. Assim, a utilização das redes sociais de sua esposa, criados com a intenção de se esquivar dos bloqueios determinados, deve ser restringida”.
O ministro ainda determinou uma multa diária de R$ 15 mil se a medida for descumprida.
Para Daniel, o bloqueio das redes mostra que Alexandre é “totalmente parcial”.
"Eu acho que hoje o TSE tem um lado e esse lado está muito claro. A Justiça Eleitoral tem que ser imparcial. Dentro da Justiça Eleitoral, nós temos o princípio da isonomia que é o mais alto de todos. Por quê? Porque existe a paridade de armas. Dentro do processo eleitoral não há o que se falar em disparidade, é paridade de armas e não está sendo respeitado pelo TSE”, acrescentou ao Terra o candidato que, em sua opinião, Alexandre de Moraes “deveria estar preso hoje”.