Na Bahia, Jaques Wagner é oficializado candidato ao Senado

Em convenção, ex-ministro voltou a dizer que é 'contra plano B ou plano C' do partido

4 ago 2018 - 13h23
(atualizado às 13h41)

SALVADOR - O ex-governador da Bahia e ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner afirmou na manhã deste sábado, 4, em discurso, que é "contra plano B ou plano C" do PT porque "só existe um homem, um ser humano no Brasil que tem capacidade de colocar o País nos trilhos".

O discurso, feito durante a convenção estadual do PT da Bahia que oficializou a candidatura do ex-ministro ao Senado, também atacou adversários petistas. O nome do ex-presidente Lula, condenado e preso pela Operação Lava Jato, foi citado em todos os discursos. Uma carta do ex-presidente elogiando Wagner e o governador da Bahia Rui Costa (PT), foi lida pelo cantor Lazzo Matumbi - dando tom de tributo ao evento político.

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Em entrevistas, Wagner e Rui não quiseram comentar o cenário nacional, afirmando que essa questão cabia à direção do partido resolver. Em outras oportunidades, os dois haviam defendido publicamente que o PT apoiasse um candidato de outro partido à Presidência da República, o que gerou revolta interna na legenda.

No discurso, vestindo uma camisa estampada com a foto de Lula, Wagner afirmou que "invejosos quiseram ganhar (as eleições) no tapetão e não tiveram a coragem de entrar em campo" contra "o melhor jogador" do Partido dos Trabalhadores. Ele disse, contudo, ter fé de que "Deus vai iluminar o Poder Judiciário" para permitir a candidatura de Lula ao Palácio do Planalto em 2018.

"(Lula) não está aqui fisicamente porque os invejosos e os que têm preconceito não suportam que um filho de uma sertaneja possa fazer muito melhor do que eles fizeram", afirmou o ex-ministro.

A coligação tem como principais aliados PP e PSD, legendas fiadoras do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff - ainda que deputados federais baianos tenham votado contra a deposição.

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Além de Wagner, compõem a chapa o vice-governador e candidato à reeleição João Leão (PP) e o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Ângelo Coronel (PSD), afilhado político do senador Otto Alencar, liderança do PSD no Estado. Otto e Leão foram aliados do ex-ministro e ex-senador Antônio Carlos Magalhães (ACM), que, durante décadas, controlou a política baiana sob forte oposição do PT.

Na sua vez de falar, Rui Costa também evocou o legado de Lula, dizendo-se com saudades do ex-presidente, "que não está podendo desfrutar da liberdade que ele sonhou para o seu povo". O governador petista ainda atacou "os riquinhos" e disse que o ex-presidente "não fazia política para alguns poucos".

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