A vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno das eleições foi destaque dos principais noticiários internacionais neste domingo, 30. As publicações retrataram a derrota de Jair Bolsonaro (PL) como "rejeição" à extrema direita.
O jornal norte-americano The New York Times estampou o resultado das eleições com a manchete “Brasil elege Lula, ex-líder de esquerda, em repreensão a Bolsonaro”, afirmando que o país “expulsou” o atual presidente do poder, como “repreensão ao movimento de extrema-direita”. Ainda na reportagem, a vitória é tida como “renascimento político impressionante para Lula”.
O também norte-americano Washington Post chamou o presidente eleito de “ícone da esquerda da América Latina”, dizendo que Lula volta ao poder “com a promessa de defender a democracia, restaurar a social e salvar a floresta amazônica”.
No Reino, o The Guardian destacou vitória de Lula como “retorno surpreendente para derrotar Bolsonaro de extrema-direita”, e afirmou que o pleito é um dos mais “significativos e contundentes da história do País”. O jornal também chamou a atenção para a comemoração na Avenida Paulista, em São Paulo, com milhares de eleitores.
O noticiário espanhol El País afirmou que “a esquerda latino-americana recebe Lula de braços abertos”, dando ênfase aos presidentes progressistas que celebraram o retorno do presidente reeleito. O jornal também citou o silêncio de Bolsonaro, e também a comemoração dos eleitores na capital paulista.
O francês Le Monde apontou o resultado apertado entre os dois candidatos, e levantou a dúvida se Bolsonaro aceitará ou não o veredito das urnas. “Sendo o primeiro presidente candidato a um segundo mandato a não ser reeleito desde o retorno à democracia em 1985”. O jornal ainda relembrou os ataques do presidente ao sistema de votação eletrônica, que intitulou de “fraudulenta”.
Já a BBC afirmou que o Brasil deu uma “guinada para a esquerda” com a eleição de Lula neste domingo. O site também destacou que a campanha foi divisiva que “viu dois rivais em lados opostos do espectro político se enfrentarem”.