‘O que foi prometido não aconteceu’, diz Campos sobre Dilma

12 ago 2014 - 21h16
(atualizado às 21h37)

O candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, afirmou na noite desta terça-feira que ele e seu partido deixaram o governo federal porque “aquilo que foi prometido não aconteceu”. A declaração foi dada durante sabatina no Jornal Nacional, ao ser questionado sobre o fato de o partido ter apoiado o governo federal ao longo de 10 anos. Campos lembrou que a decisão da presidente Dilma Rousseff em apoiar Renan Calheiros (PMDB) à presidência do Senado também foi um fator que pesou contra à aliança com o PSB.

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Ao longo de 15 minutos, o candidato também foi questionado sobre o apoio que deu na campanha de sua mãe, Ana Arraes, para assumir uma vaga vitalícia no Tribunal de Contas da União, e de dois parentes ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco. Segundo ele, todos esses processos foram legítimos. Em relação ao apoio dado na candidatura de Ana Arraes, ele lembrou ainda que ela foi escolhida pelos seus colegas na época em que era deputada federal. “Se a nomeação fosse minha, e dependesse de mim, sim, seria nepotismo”, enfatizou. 

Inclusive, aproveitou para dizer que defende a realização de reformas para acabar com cargos vitalícios na Justiça, lembrando que o deverá caber ao novo presidente a indicação para as cinco vagas que estão abertas no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Na sabatina, Campos também foi contestado pela aliança com Marina Silva, a sua vice, uma vez que os cada um representa linhas diversas em alguns pontos. “As contradições se resolvem com diálogo. Marina não tem nada contra o desenvolvimento econômico. O que ela defende é que o desenvolvimento respeite o meio ambiente”.  Ele afirmou ainda que o plano de governo não será feito por “posições pessoais”, mas por conceitos técnicos e de especialistas.

O presidenciável não poupou críticas ao governo de Dilma Rousseff. Citou a falta de “regras claras” nas negociações com empresários, o que tem prejudicado o desenvolvimento da economia, e a inflação, que, segundo ele, está “corroendo o salário mínimo”. Ele também afirmou ser possível pôr em prática as promessas de sua campanha, como adotar o passe livre para os estudantes, implantar as escolas em turno integral e ampliar em 10 vezes o orçamento da segurança pública. “É possível fazendo planejamento trazer a inflação para o centro da meta e fazer o País crescer com responsabilidade. O Brasil pode ir muito mais longe”, afirmou. 

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Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos

Fonte: Terra
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