OEA diz que não encontrou vulnerabilidade nas urnas

Ex-presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla disse que as eleições brasileiras estão ocorrendo com tranquilidade

7 out 2018 - 15h11
(atualizado às 15h33)

A chefe da missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA), a ex-presidente da Costa Rica Laura Chinchilla, disse que as eleições brasileiras estão ocorrendo com tranquilidade e não foram encontrados problemas. Laura chefia uma missão de 40 pessoas que, pela primeira vez, acompanham o processo eleitoral brasileiro. Foram inspecionados 80 centros de votação em 12 estados.

Movimentação de eleitores na Escola Estadual Carlos Gomes, em Campinas (SP) neste domingo (7)
Movimentação de eleitores na Escola Estadual Carlos Gomes, em Campinas (SP) neste domingo (7)
Foto: EDUARDO CARMIM/AGÊNCIA O DIA / Estadão

"Temos observado um processo com bastante normalidade, que contrasta com a preocupação que existia na campanha. Não há relatos de problemas que chamem a atenção", afirmou, após visitar uma faculdade na Asa Sul, de Brasília.

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Laura lembrou que a missão acompanhou todas as etapas da votação eletrônica, desde a inseminação e transporte das urnas até o dia de hoje, e que não foram encontrados problemas. "Não encontramos até o momento nenhum aspecto que gere suspeita sobre a possibilidade de vulnerabilidade do sistema eletrônico de votação", afirmou.

Para a observadora, o principal problema identificado nas eleições brasileiras foi a grande propagação de fake news. Segundo ela, até mesmo declarações de membros da missão foram utilizadas de forma distorcida. "O impacto da notícia falsa ante a população afeta não só os candidatos à Presidência como a credibilidade das eleições", completou.

Laura disse que, apesar de haver propagação de fake news em vários países, pelo tamanho do Brasil e pela penetração das redes sociais, o tema é "muito significante" no País.

A chefe inspecionou alguns locais de votação em Brasília, onde questionou mesários e eleitores sobre o processo, quantos votaram e problemas apresentados com a biometria. Um dos problemas relatados à missão foi atrasos por conta de dificuldades na identificação dos eleitores, mas ela disse que isso não impediu ninguém de votar.

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Na segunda-feira, 8, a missão apresentará um relatório preliminar sobre a visita. Outra questão que será analisada é a baixa participação de mulheres na política brasileira.

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