Para Temer, uso de caso Petrobras nas eleições "não é útil"

13 out 2014 - 15h51
(atualizado às 15h51)
<p>Temer critica uso de caso Petrobras durante campanha eleitoral à presidência</p>
Temer critica uso de caso Petrobras durante campanha eleitoral à presidência
Foto: Joedson Alves / Reuters

O vice-presidente e candidato à reeleição Michel Temer (PMDB) criticou, nesta segunda-feira, o “uso” do escândalo envolvendo o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e partidos políticos durante o processo eleitoral deste ano. Segundo Temer, principalmente os adversários da presidente Dilma Rousseff (PT) estão utilizando das investigações e dos depoimentos do acusado para atacar a candidata à reeleição.

“Não quero dizer isso, mas que não é útil para as eleições não é. É algo que percebemos que tem sido muito explorado eleitoralmente. Acho que a justiça não pode se prestar a isso e acho que não se presta a essa atividade”, afirmou Temer.

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O vice-presidente da República defendeu-se também das acusações de Paulo Roberto da Costa, que afirmou que membros de seu partido também estariam envolvidos no escândalo com a petroleira.

“Eu já lancei uma nota e não há interlocutor nenhum do PMDB porque cita-se, em primeiro lugar, um indivíduo que eu não sei quem é, como interlocutor do PMDB. O partido jamais teve interlocutores pra cuidar desses assuntos. Segundo que toda vez que houve contribuições para o PMDB foram dentro da legalidade eleitoral”, disse Temer.

Puxão de orelha?

O vice-presidente esteve em São Paulo para se reunir com prefeitos e lideranças do estado paulista, visando manifestar a união do partido em prol da candidatura da petista Dilma Rousseff. No primeiro turno, porém, alguns prefeitos acabaram apoiando o tucano Geraldo Alckmin nas eleições estaduais, em vez de estarem ao lado do pemedebista Paulo Skaf, que ficou em segundo lugar.

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“Vamos conversar um pouco sobre os destinos do PMDB. Fazemos periódicas reuniões, tanto no plano nacional como no plano estadual. E agora, como estamos em plena campanha eleitoral, vamos conversar um pouco sobre os rumos do PMDB em São Paulo. Os prefeitos aqui sempre me apoiaram muito. Sempre estiveram ao meu lado, sempre com um apoio estupendo deles, fosse quando eu era candidato a deputado federal, como agora como vice-presidente. É mais até pra agradecer”, explicou.

Apesar das diferenças no primeiro turno, Temer fez questão de reafirmar o apoio de seu partido à presidente Dilma e à sua candidatura. “Eles estão sempre me apoiando e sempre apoiando a Dilma. O PMDB é sempre muito unido”, disse.

No evento, realizado no bairro Ipiranga, dezenas de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e membros do partido estiveram presente e ouviram uma mensagem enviada pela presidente Dilma.

Em churrascaria na capital paulista, Temer reúne prefeitos e lideranças do PMDB
Foto: Thiago Tufano / Terra

No vídeo gravado, a petista agradeceu o empenho e apoio no primeiro turno. “Especialmente aos prefeitos e Temer pela parceria e lealdade. Temos responsabilidades maiores. O que está em jogo não é só a reeleição e projetos políticos. Não podemos permitir que o País volte para trás. São Paulo é um aliado indispensável. Muito temos feito por esse estado e muito vamos fazer”, afirmou Dilma. No estado paulista a petista ficou em terceiro lugar no primeiro turno, perdendo para Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB).

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Empolgado com o número de pessoas no evento, Temer agradeceu ao partido e reiterou o apoio nacional à petista. Porém, em determinado momento chegou até a cogitar uma candidatura própria do PMDB nas eleições de 2018. “A militância, que fez um trabalho extraordinário no estado, fez com que chegássemos a essa reunião. Quando vejo essa unidade absoluta do nosso PMDB penso que vamos lançar um candidato à presidência em 2018. Quem segura o PMDB com esse entusiasmo? Embora tenhamos ajudado muito os municípios, o governo vai depender da nossa vitalidade e força eleitoral”, afirmou.

Fonte: Terra
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