'Parecia o Gandhi': Datena reclama de ataques e faz piada sobre a cadeirada

Candidato do PSDB afirmou que as urnas vão trazer surpresa no próximo domingo, 6, durante as eleições

4 out 2024 - 01h38
(atualizado às 02h26)
Resumo
José Luiz Datena desabafou e mostrou bom humor após o debate das Eleições 2024 à Prefeitura de São Paulo.
Datena conversa com jornalistas após debate realizado pela TV  Globo
Datena conversa com jornalistas após debate realizado pela TV Globo
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal/Karen Lemos

José Luiz Datena (PSDB) mostrou bom humor após o debate promovido pela TV Globo entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado na noite de quinta-feira, 3. Em conversa com os jornalistas, o tucano se mostrou cansado dos ataques entre os concorrentes, fez piada com o episódio em que arremessou a cadeira em Pablo Marçal (PRTB) e projetou a votação no próximo domingo, 6.

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Ao ser questionado sobre o último encontro antes do primeiro turno, o apresentador admitiu a queda de qualidade das discussões diante do aumento dos ataques ao longo dos blocos.

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“Até determinado ponto, estava indo tudo bem. Depois, só eu parecia o Gandhi. Eles começaram a se dar porrada por ali, quase que eu estava saindo fora. Porque foi bacana mesmo. As primeiras partes foram absolutamente democráticas. Aí um diz: ‘olha, apareceu finalmente o fulano’. Aí o outro brigando com o outro”, avaliou o apresentador. 

“Quanto a sua pergunta, respondendo diretamente, o debate foi legal até determinado ponto. Depois, quando começaram ataques pessoais, acho que foi desvirtuado, apesar da condução do [César] Tralli, que é um excelente jornalista, apesar das regras bem colocadas pela Rede Globo. Eu não sou nenhum analista de política, mas acho que parte do debate atingiu o objetivo e a outra parte tem que ser dispensada e jogada fora”, continuou.

Em relação ao seu comportamento durante os debates, Datena reforçou que está “cansado” e relembrou sua trajetória no jornalismo: “Me chamam de um cara muito vaidoso. Eu não tenho vaidade absolutamente nenhuma. Eu só estou cansado, realmente eu estou cansado. Trabalhei 35 anos na beira do gramado, pegando três ônibus para vir de Ribeirão para São Paulo, para poder sustentar minha família. Mas eu tenho muito respeito por vocês [jornalistas] e me confesso realmente muito cansado.”

Durante sua entrevista coletiva, Datena também brincou sobre a ‘cadeirada’ que deu em Marçal. Ao ser interrompido por uma assessora, o candidato pediu para concluir o discurso e falou: “Não tem cadeira aqui perto. Fiquem tranquilos”.

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Vídeo: assista ao momento em que Datena bate em Marçal durante debate da TV Cultura
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Possível segundo turno

De acordo com a pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira, 3, Datena tem apenas 4% das intenções de voto e tem poucas chances de ir ao segundo turno. Embora reconheça a dificuldade de uma grande mudança no cenário até domingo, 6, o apresentador demonstrou confiança em uma “surpresa”.

“Bom, eu sou um cara que acredita em Deus pra caramba. Você reparou que todo mundo acredita em Deus, mas não acredita em milagre? Eu sou um milagre, eu estou aqui por um milagre. Eu já sofri tantos problemas físicos e estou aqui por um milagre. Pelas pesquisas, é claro que eu não chegaria ao segundo turno. Fora, eu posso até não chegar ao segundo turno. Mas acho que o pessoal vai ter uma surpresa com o número de votos que eu vou ter. É o que eu pelo menos espero, eu tenho que acreditar nisso”, projetou.

Com o resultado abaixo do esperado nas pesquisas, o apresentador reconheceu que não não teve o desempenho dos melhores durante a campanha. “O meu desempenho não foi dos melhores, eu reconheço. Eu como publicador não apareci nessas eleições e, por consequência, o candidato também não apareceu. O nosso partido estava um partido ferido, não tivemos nem um pouquinho do que os outros candidatos tiveram à disposição”, explicou.

Agora, caso as projeções se confirmem e não avance para a próxima etapa do pleito, Datena garantiu que não irá apoiar outro candidato no segundo turno: “Parece que vai ter surpresa. Se não tiver, eu prometo que não vou apoiar ninguém.”

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Fonte: Redação Terra
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