O governador de Pernambuco e candidato à reeleição nas eleições 2018, Paulo Câmara (PSB), anunciou que vai participar do ato de registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - condenado e preso na Operação Lava Jato - à Presidência, nesta quarta-feira, 15, em Brasília. O pessebista tem buscado vincular sua campanha ao petista, mesmo depois de ter liberado, em 2016, quatro secretários de sua gestão para reassumir os cargos na Câmara e votar pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
De acordo com nota divulgada pelo PT, o registro da candidatura de Lula e do candidato a vice, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, está marcado para às 16h no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso significa que Câmara vai se ausentar do Estado em horário de expediente para participar do ato político.
A formalização da inscrição de Lula será precedida por uma caminhada promovida por petistas e integrantes de movimentos sociais, que sairá do ginásio Nilson Nelson, no Eixo Monumental da capital federal.
Desde a pré-campanha à reeleição, Câmara tem incluído a defesa do ex-presidente em seus discursos. Entre críticas ao governo federal e menções aos legados dos ex-governadores Eduardo Campos e Miguel Arraes, o candidato à reeleição tem defendido "Lula livre". Em alguns atos, militantes do partido tem usado a frase "Paulo é Lula. Lula é Paulo".
Câmara foi um dos articuladores da neutralidade do partido para isolar o candidato do PDT à Presidência nas eleições 2018, Ciro Gomes, e garantir a retirada da candidatura da vereadora do Recife, Marília Arraes (PT) ao governo de Pernambuco. Quando o PSB se dividia entre o apoio a Ciro e o candidato do PT, ele chegou a afirmar que independente do posicionamento do partido em relação às eleições para presidente, faria campanha para Lula, que tem como principal força eleitoral os estados da região Nordeste.