PL e PT avançam no 2º turno, com a direita mostrando favoritismo

Esse pleito revelou não apenas o equilíbrio de forças entre as grandes agremiações políticas, mas também a estratégia e as alianças que estão moldando o futuro do Brasil

20 out 2024 - 06h29
(atualizado às 09h55)
Gleisi Hoffmann, do PT
Gleisi Hoffmann, do PT
Foto: Reprodução/Instagram / Perfil Brasil

O cenário político brasileiro voltou a ser agitado em 2024 com as eleições municipais, destacando-se principalmente pela diversidade na disputa pelo segundo turno em várias cidades do país. Esse pleito municipal com destaque para o PL e PT revelou não apenas o equilíbrio de forças entre as grandes agremiações políticas, mas também a estratégia e as alianças que estão moldando o futuro político do Brasil.

Além disso, as campanhas se intensificaram nas 51 cidades onde continuaram no segundo turno, sendo 15 capitais estaduais. Esse contexto colocou à prova a capacidade dos partidos não só de conquistar votos, mas também de manter suas bases eleitorais em um cenário de mudança e inovação política.

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PL e PT como principais partidos nas eleições municipais

Entre os partidos com maior presença nas disputas, o Partido Liberal (PL) e o Partido dos Trabalhadores (PT) destacaram-se, com o primeiro liderando o número de candidatos nas grandes cidades e o segundo competindo em várias delas. No entanto, vale notar que o favoritismo está pendendo para a direita. Nesse espectro, partidos como o Progressistas (PP), o Partido Social Democrático (PSD) e o União Brasil também se mantiveram fortemente na disputa.

O desfecho do primeiro turno das eleições municipais trouxe surpresas e confirmações. O DEM e a União Brasil lideraram em prefeituras, enquanto o PT se recuperou após dificuldades em eleições anteriores.

"Eu acho que para o Lula ficou bom. Vamos pegar duas cidades emblemáticas, né? Rio de Janeiro e Recife [que reelegeram Eduardo Paes, do PSD, e João Campos, do PSB]. Se você pegar Belo Horizonte [Fuad Noman, do PSD], está indo bem", afirmou Jilmar Tatto, secretário de comunicação do PT, à Folha de São Paulo.

Além disso, o cenário urbano mostrou o PL como o partido mais efetivo, com uma significativa quantidade de prefeitos eleitos e candidatos em perspetiva para o segundo turno.

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O segundo turno nas grandes cidades, que representa 22% do eleitorado nacional, é crucial, pois define líderes em centros urbanos estratégicos, contribuindo para o reposicionamento político nacional dos partidos. Este momento é uma verdadeira 'prova de fogo' para muitos partidos, mostrando a capacidade de mobilização e articulação política em cidades com alta concentração populacional e diversificação econômica.

As expectativas sobre os partidos

Para o PT, o desafio é reverter cenários adversos em cidades como Porto Alegre e apoiar candidatos aliados, como Guilherme Boulos em São Paulo. A aposta está em retorno e crescimento em ninhos urbanos importantes para o partido, tentando consolidar uma base eleitoral para futuras eleições. Já o PL de Jair Bolsonaro busca manter o crescimento registrado nas últimas eleições, com candidatos competitivos em distintas capitais, graças ao apoio político obtido nos últimos anos.

Os resultados dessas eleições terão desdobramentos significativos para o espectro político brasileiro, impactando diretamente as formações de coligações futuras e as estratégias para a eleição presidencial de 2026. Com as eleições municipais, cada partido está lapidando suas estratégias e alianças para garantir um lugar de destaque no cenário político nacional.

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