Pré-candidato do PRB à Presidência da República nas eleições 2018, o empresário Flávio Rocha rejeitou a hipótese de ser vice na chapa de outro nome do centro. "Não admito essa possibilidade. Vamos em frente em voo próprio. Nossa candidatura tem mais visibilidade devido à baixa rejeição e ao perfil. É uma questão mais qualitativa do que quantitativa, mas o pessoal insiste em ler pesquisa a moda antiga", disse Rocha ao Estado.
O pré-candidato disse que deu aval para o PRB entrar no debate sobre uma candidatura única do centro, mas desde que ele estivesse na cabeça da chapa presidencial.
"Tudo indica que essa aliança (do centro) não vai se viabilizar. Cada um tem uma posição diferente. Não há muita coesão. Há um alinhamento total de propósito entre eu e o partido de que convém a candidatura própria", afirmou.
Na mais recente pesquisa CNI/Ibope, Rocha aparece com 1% das intenções de voto. Esse é o mesmo desempenho de outros dois candidatos do centro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB).
O presidenciável do PRB minimizou os números e disse que as pesquisas hoje mostram o recall de nomes conhecidos do eleitor. "Os mesmos que pontuam têm rejeições recordes. O importante agora é a baixa rejeição e (atender ao) perfil que está sendo demandado pelo eleitor. Será a reedição do que vimos em São Paulo e em Belo Horizonte em 2016", afirmou, citando cidades que elegeram outsiders nas eleições daquele ano.
Em um gesto de aproximação com o PRB, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB), coordenador político da pré-campanha de Geraldo Alckmin, disse em um encontro com empresários que Rocha está na lista de vices considerada pelo tucano. Os outros dois nomes citados foram os ex-ministros Mendonça Filho (DEM) e Aldo Rebelo (SD). "Recomendo ao ex-governador Marconi Perillo encurtar essa lista. Peço que meu nome não conste dela. Não há essa possibilidade", afirmou o pré-candidato do PRB.