Durante a convenção nacional do PV, neste sábado (28), o presidente da sigla, José Luiz Penna, afirmou que será preciso adotar uma "estratégia de sobrevivência" na eleição deste ano a fim de eleger bancada de deputados no Congresso e garantir a cláusula de desempenho aprovada na reforma política. Ele chamou o encontro de "convenção da resistência".
A legenda optou por não lançar candidatura própria à Presidência da República para priorizar as alianças nos Estados. Na convenção deste sábado, a sigla deve definir se irá apoiar um candidato à presidência de outro partido ou se permanecerá neutra. Há alas que defendem apoio ao tucano Geraldo Alckmin (PSDB) e outras que defendem coligação com Marina Silva (Rede).
"Foi esse espaço que o jogo dos partidos tradicionais deixou para a gente e vamos cumprir essa meta deixando nosso desejo de ter candidatura própria (à Presidência da República) para a próxima eleição, quando teremos tempo de televisão maior e fundo maior", disse Penna em coletiva de imprensa. Ele avaliou que "lamentavelmente a reforma política foi contra o Brasil, a modernidade e a perspectiva de renovação da política brasileira".
Pela reforma, os partidos precisam cumprir exigências mínimas para ter acesso aos recursos financeiros e à propaganda: atingir 1,5% dos votos para deputados federais em nove Estados, com um mínimo de 1% dos votos em cada uma das 27 unidades da Federação; ou eleger nove deputados federais, sendo um por Estado.