Marcelo Ustra da Silva Soares, primo do militar condenado por tortura durante a ditadura, Carlos Alberto Brilhante Ustra, foi eleito vereador em Porto Alegre, representando o Partido Liberal (PL). Nas urnas, Marcelo utilizou o nome de “Coronel Ustra”, conquistando 2.669 votos, o que o colocou como o quarto candidato mais votado do PL na capital do Rio Grande do Sul.
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Marcelo Ustra, tenente-coronel do Exército por formação, se filiou ao partido de Jair Bolsonaro e obteve o apoio do ex-presidente em sua campanha. Ele tem expressado, por meio de suas redes sociais, orgulho pelo legado de seu primo, a quem Bolsonaro já chamou de "herói nacional" por seu papel durante o regime militar.
Marcelo também se descreve como familiar do “pavor de Dilma Rousseff”, uma frase que Bolsonaro proferiu em 2016, ao votar a favor do impeachment da ex-presidente, que foi torturada durante a ditadura em sessões comandadas por Brilhante Ustra.
Na semana passada, Marcelo Ustra acompanhou Jair Bolsonaro em uma série de compromissos no Rio Grande do Sul. Além disso, durante o governo Bolsonaro ele integrou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e esteve ao lado do ex-presidente em diversos momentos, incluindo uma viagem para Orlando, nos últimos dias do mandato do ex-mandarário. Ele foi exonerado em janeiro de 2023, logo após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além do apoio ao primo de Ustra, Bolsonaro já fez elogios públicos diretamente a ele. Em 2021, o ex-presidente declarou que o militar condenado era um "herói nacional" e que havia evitado que o Brasil "caísse no que a esquerda quer hoje em dia".