O plano de governo do candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, Luiz Marinho, tem apenas duas palavras: "Lula livre". É o que consta no registro de sua candidatura, feito nesta quarta, 15, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Estado. O documento foi enviado ao órgão junto com os demais papeis para confirmar a presença do ex-prefeito de São Bernardo do Campo nas eleições 2018. Um "erro", de acordo com a equipe do candidato.
Nesta quinta, o tribunal deve confirmar o pedido de registro da chapa petista, que tem Ana Bock como vice e, a partir de então, serão contados cinco dias para pedidos de impugnação. Só então, com ou sem pedidos de impugnação, o TRE poderá contestar a documentação apresentada pela campanha de Marinho. Se contestada, o candidato terá três dias para corrigir eventuais erros de seu registro.
Para o cientista político Marco Antônio Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas, o envio do documento soa como deboche. "Ele pode falar 'Lula livre' quando e como quiser. Mas enviar este documento para o TRE mostra pouco respeito pelo instrumento. É um deboche. Isso não é um programa de governo. Fatos como este colocam em discussão a própria função da exigência do registro do programa de governo. Se ninguem mais dá bola para isso, é preciso aprimorar o sistema. Ou ele deixa de fazer sentido e vira instrumento de deboche. Quem perde com isso é o eleitor."
O TRE informou que os documentos do candidato não foram inseridos pela Justiça Eleitoral. Procurada pela reportagem, a equipe de Marinho afirmou que houve um erro no envio do plano de governo ao TRE, e que a campanha já está corrigindo o problema. De acordo com a assessoria de Marinho, um plano de governo já está elaborado e deve ser divulgado em breve.
Veja também: