PSDB altera vídeo com dado associado ao PCC

Primeira versão de material da campanha de Geraldo Alckmin mostrava bandeira do Brasil em que a inscrição '1533' substituía a frase 'ordem e progresso'

31 ago 2018 - 21h38
(atualizado às 22h02)

O primeiro vídeo da campanha presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições 2018, divulgado na terça-feira, 28, pelo seu comitê trazia duas imagens da bandeira do Brasil em que, no lugar da frase "ordem e progresso" apareciam em negativo os números 15 3 3, símbolo da maior facção criminosa do País, o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Depois da repercussão em grupos de WhatsApp, a campanha alterou o vídeo, retirando as imagens da bandeira por meio de uma edição. Manteve, porém, todo o restante da produção.

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Vídeo original da campanha de Alckmin tinha os números 1533 inscritos na bandeira do Brasil
Vídeo original da campanha de Alckmin tinha os números 1533 inscritos na bandeira do Brasil
Foto: Reprodução/Campanha original de Geraldo Alckmin / Estadão Conteúdo

No vídeo original, uma atriz negra anda pelo corredor de uma comunidade carente logo no início da peça publicitária que tinha 1 minutos e 17 segundos de duração. A bandeira com a inscrição do crime organizado aparecia no sexto segundo do vídeo (veja a foto). Mais adiante, quando o vídeo completava 1 minuto , a inscrição 15 3 3 aparecia novamente.

Os números são uma referência à letra P, a décima-quinta letra do alfabeto e à letra C, a terceira letra do alfabeto. Eles são escritos por presidiários em panos e pintados no chão de presídios paulistas desde meados dos anos 1990, quando a facção foi criada por condenados do sistema prisional de São Paulo.

O Estado procurou a campanha de Alckmin e o marqueteiro Lula Guimarães para saber onde foi feita a filmagem e se o vídeo seria ou não mantido na campanha do candidato tucano. Até a publicação deste texto, nenhum deles havia respondido.

Assista à peça da campanha após a edição:

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