O candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) disse, nesta sexta-feira (24), que a cúpula do PT "agita a candidatura do Lula para explorar a boa fé do povo" com a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato. Em Palmas com sua candidata a vice, Katia Abreu, senadora do Estado, Ciro evitou, contudo, criticar o petista.
Segundo o candidato do PDT, o ex-presidente, cedo ou tarde, será considerado inelegível, o que causará uma grande frustração em seus potenciais eleitores. "O que a cúpula do PT está fazendo é uma espécie de fraude", disse a jornalistas. Apesar do tom de Ciro, o ex-presidente foi poupado das críticas do adversário. Ciro chegou a falar sobre "o carinho que a gente tem por ele".
Por outro lado, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, foi alvo de críticas do pedetista. O ex-ministro disse que ele acabará com o agronegócio, caso leve adiante a proposta de seu economista Paulo Guedes, de não mais dar subsídios aos produtores rurais. Sobre a liberação do porte de arma, lembrou ataque sofrido pelo adversário no Rio, na década de 1990, quando, mesmo com treinamento militar, rendeu-se e entregou o revólver ao assaltante.
Ciro referiu-se, também, à sua proposta para o Tocantins, considerando que a deficiência para o agronegócio do estado e da região é a infraestrutura. "A grande prioridade para além de renda, de subsídio para o crédito, a grande ajuda, aqui, é a infraestrutura." Ele ainda pprometeu fazer a Ferrovia Norte-Sul cumprir seu papel, barateando o frete, conectar a Transnordestina, terminar a Leste-Oeste e duplicar rodovias.
Na coletiva, evitou quaisquer perguntas polêmicas e irritou-se ao ser questionado a quem dará apoio caso não chegue ao 2º turno: "Vou apoiar a mim mesmo, mulher."