PT e PSB querem ter acesso aos depoimentos de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, para evitar impactos na eleição, de acordo com informações publicadas pela Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, o governo, por meio da petroleira, vai solicitar a documentação assim que o processo de delação premiada estiver concluído. O problema é que não há prazo para que isso ocorra.
O governo teme que o processo se arraste até o final do primeiro turno, o que pode desgastar a imagem de Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição à Presidência. No domingo, a presidente afirmou que tomará “todas as medidas cabíveis” quando tiver todas as informações sobre a denúncia. A campanha do PT planeja avaliar o impacto das acusações na campanha de Dilma para definir uma estratégia de reação no programa eleitoral.
A revista Veja revelou os nomes de 12 políticos mencionados em depoimento do ex-diretor da Petrobras como envolvidos em esquema de corrupção na estatal.
O deputado Beto Albuquerque (PSB), candidato a vice-presidente na chapa com Marina Silva, defendeu Eduardo Campos, morto em acidente de avião em agosto, das acusações. “O PSB já requereu acesso ao processo. Ele é sigiloso, mas queremos ler, saber exatamente com detalhes o que foi feito.”
O partido também vai tentar desqualificar a gestão da Petrobras no governo do PT e argumentar que Campos sempre apoio investigações sobre possíveis ilegalidades na empresa.