PT orienta militância a não mencionar Lula como candidato

Postulante ao governo, Luiz Marinho diz em nota que panfletos com Lula foram distribuídos 'por engano' em fábricas

6 set 2018 - 05h11
(atualizado às 07h48)

SÃO PAULO - A coordenação de campanha do PT distribuiu uma circular no início da noite desta quarta-feira, 5, na qual orienta os candidatos e militantes do partido a não mencionar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato e "manter o pedido de voto apenas para coligação 'O Povo Feliz de Novo 13'", com Fernando Haddad como candidato a vice.

O texto pede "estado de atenção permanente" ao cumprimento da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que indeferiu a candidatura do petista com base na Lei da Ficha Limpa.

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"Discordamos da decisão do TSE, estamos nos defendendo em todas as instâncias, no entanto, acatamos o teor dessa decisão. A velocidade e o horário em que são julgados recursos contra nossos programas nos obrigam a manter estado de atenção permanentes".

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que deverá ser indicado pelo PT como candidato à Presidência
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que deverá ser indicado pelo PT como candidato à Presidência
Foto: Fernando Haddad / Reuters

Nesta quarta, a campanha de Luiz Marinho, candidato ao governo de São Paulo, divulgou nota na qual afirma que panfletos com Lula retratado como candidato foram distribuídos a metalúrgicos "por engano".

Em conversas com lideranças petistas nesta semana, Lula disse que o partido deve cumprir a decisão do TSE e esperar o resultado do recurso no Supremo Tribunal Federal antes de executar a substituição da cabeça de chapa. O anúncio deve acontecer em São Paulo no dia 10 ou 11, véspera e dia do encerramento do prazo dado pelo ministro Luís Roberto Barroso.

Recebido por militantes como o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad fez um corpo a corpo com eleitores em Diadema, primeira cidade administrada pelo partido, pedindo votos no "13".

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Haddad condicionou uma definição sobre a candidatura do partido à decisão do STF. "Vamos aguardar o Supremo. A última palavra é do Supremo", respondeu após caminhada por ruas do centro da cidade. Ao cumprimentar eleitores, o ex-prefeito era saudado como candidato. "Meu presidente, meu voto é seu", disse um deles, para quem Haddad respondeu: "Estamos juntos."

Manuela discute com eleitor do PSL

A deputada Manuela d'Ávila (PCdoB), cotada para ser vice da chapa presidencial encabeçada pelo PT, e que acompanhou nesta quarta a agenda de Fernando Haddad, discutiu com um homem na porta de uma metalúrgica em São Paulo.

Quando discursava pedindo o apoio dos metalúrgicos ao "time de Lula", Manuela foi interrompida pelos gritos de "é mentira". "Aqui não tem quem mente", respondeu ela.

A jornalistas, o funcionário se identificou como Denis Gregório e declarou que vai votar em Jair Bolsonaro (PSL) nesta eleição. "Não concordo com eles, e esse é um sentimento que muita gente não tem coragem de expor."

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