A Rádio JM 95.5 FM de Uberaba, Minas Gerais, afirmou nesta quarta-feira, 26, que o PL, partido de Jair Bolsonaro, deixou de enviar materiais de propaganda do atual presidente e candidato à reeleição após o início do segundo turno das eleições, entre os dias 7 a 10 de outubro. A emissora alega que solicitou orientações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas que não recebeu resposta da Corte.
O caso veio à tona após a campanha de Bolsonaro encaminhar ao TSE nova manifestação com mais informações sobre a denúncia de que estaria sendo prejudicado nas inserções. De acordo com o relatório entregue à Justiça Eleitoral, foram pelo menos 700 inserções a menos no segundo turno. Nesta quarta-feira, um assessor da Corte foi exonerado por práticas de assédio moral, inclusive por motivação política.
De acordo com a emissora mineira, as campanhas dos candidatos enviaram diretamente os materiais de campanha durante todo o primeiro turno das eleições, como mapas de mídia e áudios para veiculação durante a programação diária da rádio.
No entanto, já no segundo turno, a emissora deixou de receber materiais do PL entre os dias 7 e 10 de outubro. A Rádio JM aponta que questionou a Justiça Eleitoral, assim como o partido, que voltou a enviar as propagandas de Bolsonaro por e-mail.
O veículo aponta, no entanto, que não recebeu orientação do TSE e que, na última terça-feira, 25, voltou a solicitar à Corte por orientações sobre a necessidade de reposição das inserções não veiculadas. Mas até o momento, segundo a rádio, não houve resposta do Tribunal.
Em nota, a Rádio JM lamentou que "o assunto tenha motivado um debate político acirrado e absolutamente desproporcional sobre um questionamento que poderia ter sido resolvido com a simples resposta pedida pela emissora".