Ricardo Nunes rompe contrato com empresas de ônibus investigadas por ligação com o PCC

28 dez 2024 - 15h50

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), determinou a rescisão dos contratos com as empresas de transporte público Transwolf e UPBus, ambas investigadas por supostos vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão foi oficializada em dois despachos publicados na edição extra do Diário Oficial do Município na noite de sexta-feira (27).

Ônibus da Transwolff, empresa investigada por suposta ligação com o PCC
Ônibus da Transwolff, empresa investigada por suposta ligação com o PCC
Foto: Divulgação / Perfil Brasil

A prefeitura já havia anunciado, no início da semana, que abriria o processo de rescisão contratual. Segundo comunicado oficial, as empresas têm 15 dias úteis para apresentar defesa.

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Qual o impacto e o que dizem as empresas?

As concessionárias operam em áreas estratégicas da capital paulista. A Transwolff administra 132 linhas de ônibus que atendem 583 mil passageiros por dia na zona sul. Já a UPBus opera 158 veículos, transportando 73 mil pessoas diariamente na zona leste. Ambas estão sob intervenção municipal desde 9 de abril, quando investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontaram as empresas como facilitadoras de lavagem de dinheiro para o PCC.

Em nota, a Transwolf defendeu sua atuação e destacou esforços para melhorar os serviços prestados, incluindo iniciativas em governança corporativa e a contratação de um novo corpo diretivo, com um CEO e cinco diretores. A empresa também propôs um plano de reestruturação empresarial, que incluiria a cessão parcial de suas operações.

Por outro lado, a UPBus alegou falta de "fundamentação legal" para a rescisão e contestou os argumentos da prefeitura.

Fiscalizações e motivos para o rompimento

A decisão de intervir nas empresas foi motivada por uma série de inconformidades detectadas durante fiscalizações realizadas pela prefeitura. Entre os problemas encontrados estão falhas financeiras e operacionais, além de carências estruturais e de manutenção na frota.

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A operação que originou as investigações, conduzida pelo MPSP, revelou que as concessionárias estariam envolvidas em transações suspeitas, servindo como intermediárias para movimentar recursos oriundos de atividades ilícitas atribuídas ao PCC. Com a rescisão dos contratos, a prefeitura deve reestruturar os serviços de transporte nessas regiões.

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