Ela já admitiu que ser vice-candidata a prefeito na chapa de Rodrigo Maia (DEM-RJ), em 2012, foi um erro. Segunda deputada mais votada à Câmara Federal no Rio de Janeiro neste ano com com 335 mil votos, Clarissa Garotinho (PR-RJ) foi a única coisa que a família teve para comemorar nessas eleições. Ela quer, em dois anos, ter bagagem para tentar sentar na cadeira de Eduardo Paes (PMDB-RJ), prefeito do Rio, em 2016. E é exatamente isso que a deputada federal eleita tem em mente.
Combatente do controle exercido pelo PMDB na Assembleia Legislativa do Estado, a filha de Anthony Garotinho (PR-RJ) e Rosinha Garotinho (PR-RJ) sabe que, se brilhar em Brasília, tem chances de ser a cara nova da oposição fluminense num breve futuro. O problema de Clarissa, desde já, está justamente em tentar se destacar do controle e do exemplo parental.
Clarissa vai precisar fugir das velhas práticas políticas com as quais o seu pai parece acostumado e o que levam a ser o candidato a governador com o maior índice de rejeição, agora derrotado em um pleito onde já se considerava o primeiro turno favas contadas.
Mas o exemplo dado neste domingo não foi bom. A candidata teve material de boca urna apreendido no Rio de Janeiro e já começa mal nesse quesito. Como a mãe Rosinha é prefeita de Campos dos Goytacazes, Clarissa assumiu o comando do pai na campanha. Foi ela quem acompanhou Garotinho por parte do Estado na campanha pelo governo, não deixando de lado sua busca para o cargo de deputada Federal.
Clarissa cuida das camisas e das gravatas que o pai usa em cada evento e cada entrevista. Mas isso não foi suficiente para tirar de Garotinho a má fama pelos problemas nos governos, seu e da mulher, no Estado.