Crivella critica pesquisas e manda recado para rival Pezão

Candidato do PRB no segundo turno da disputa pelo governo do Rio diz que pesquisas não decidem eleições e manda recado ao rival do PMDB

5 out 2014 - 22h45
(atualizado às 22h58)
Foto: André Naddeo / Terra

Marcelo Crivella tinha uma certeza, como ele próprio definiu, “dentro do meu coração”. Grande surpresa do pleito ao governo do Rio de Janeiro ao ultrapassar Anthony Garotinho (PR) com uma diferença de 42.654 votos, o senador do PRB criticou enfaticamente os institutos de pesquisa, já que a boca de urna do Ibope o colocou 10 pontos atrás de Garotinho. E mandou um recado para o seu rival no segundo turno, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

“Foi muito emocionante”, disse sobre a contagem dos votos. “Quero agradecer a Deus por ter nos conduzido nesse processo, e ao povo generoso do Rio de Janeiro. A gente teve tão pouco tempo de TV, mas as pessoas prestaram atenção no que a gente estava falando”, disse, na companhia da esposa, dos dois filhos e da nora, e bastante aplaudido por seu estafe. “O Pezão que se prepare”.

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Marcelo Crivella concedeu entrevista coletiva aos jornalistas cerca de uma hora após ter sido confirmada a sua presença no segundo turno da disputa ao Palácio Guanabara – ele sempre figurou na terceira colocação nos levantamentos recentes.

“Eu sempre disse pra minha equipe que pesquisas não decidem eleição. Foram uma catástrofe as pesquisas no Brasil inteiro. Todos sabem da ligação do Ibope com o PMDB. Sempre existia uma esperança de que o partido do PMDB tivesse o Garotinho no segundo turno”, atacou o ex-ministro da Pesca, em sua sexta eleição para um cargo majoritário.

Candidato de chapa “puro sangue”, ou seja, sem nenhuma coligação com outros partidos, Crivella citou um episódio deste domingo, quando andou “de Copacapana até Queimados (na Baixada Fluminense), e se envergonhou com a sujeira nas ruas do Rio de Janeiro.

“Temos que dar uma resposta a essas pessoas que sujaram o Rio de Janeiro”, afirmou. “Nenhum dos panfletos era meu ou de candidatos do meu partido. É possível que só hoje tenham gasto uns R$ 50 milhões com essa boca de urna”, completou ainda ele que comemora o tempo igual, a partir de agora, na propaganda eleitoral gratuita.

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“Agora vamos ter 10 minutos de televisão. Isso é um sonho. Eu quero ter aliança com o povo, receber o apoio das pessoas e discutir o Rio de Janeiro. O que estiver errado, vai ser resolvido, custe o que custar, doa a quem doer”, avisou. Por isso que eu acho que seria muito importante a gente vencer. Nunca na história do meu estado nunca um candidato saiu sem alianças, sem empreiteiras, e tertá total liberdade para defender apenas o direito do povo”, completou num recado claro ao atual governador Pezão.

O candidato ao governo do Rio, Marcelo Crivella, votou no Clube Marimbás, junto ao Forte de Copacabana
Foto: Murilo Rezende / Futura Press

Crivella também já se prepara para o segundo turno e quer construir alianças com todos os candidatos derrotados para unir forças contra o atual governo. “Já falei com o Gartinho, com o Quaquá (presidente estadual do PT de Lindberg Farias), e Psol. Temos que juntar todas as forças do Rio de Janeiro. Tem que haver uma alternativa política no Rio de Janeiro”, afirmou dizendo, por fim, que conta também com a presidente da República Dilma Rousseff.

“Sempre contei com a Dilma, ela sempre me apoiou. Não com a liberdade que ela gostaria. Como o Pezão é Aécio, e tem o ‘Aezão’ (movimento de uma ala dissidente do PMDB) sobrou o Dilmela”, riu, mesmo sabendo que por mais que o vice de Pezão, o senador Francisco Dornelles, apoie o candidato do PSDB à presidência, Dilma tem profunda aliança também com o atual governador do Rio de Janeiro. 

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Fonte: Terra
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