Crivella foge do tema, mas diz que homossexualidade é pecado

7 ago 2014 - 16h01
(atualizado às 16h11)
<p>Candidato ao governo do Rio participou de sabatina nesta quinta-feira</p>
Candidato ao governo do Rio participou de sabatina nesta quinta-feira
Foto: Juliana Prado / Terra

O candidato do Partido Republicano Brasileiro (PRB) ao governo do Rio de Janeiro, senador Marcelo Crivella, voltou a dizer, nesta quinta-feira, que homossexualismo é pecado, apesar de não considerar a prática uma doença. Segundo o concorrente, que também é pastor evangélico, a homossexualidade é uma “decisão da pessoa”. As declarações foram feitas durante sabatina realizada pelo SBT, jornal Folha de São Paulo e pelo portal UOL nesta manhã, no Rio.

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Ele declarou que tem casos de homossexuais na sua família e no seu círculo de amizades e, incomodado com o enfoque, tentou escapar do tema em várias situações. “Eu vim aqui tratar de saúde, educação, com vocês”, afirmou, e evitou responder se concorda com a prática de alguns pastores de tentar “exorcizar” pessoas homossexuais. Para o mesmo horário da sabatina, foi marcado um protesto nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio contra o senador. Em entrevista aos jornalistas após o debate, ele atribuiu a mobilização a adversários políticos.

Antes, ainda no início da sabatina, Crivella afirmou que sabe separar religião e política. Ele negou que o eleitorado tenha receio de votar em candidatos ligados a alguma doutrina religiosa. “Igreja é uma coisa, política é outra. Durante muito tempo foi assim (houve rejeição), hoje não é mais."

"Minissérie"

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Segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Anthony Garotinho (PR), Crivella afirmou que não teme o pouco tempo de exposição que terá no horário eleitoral gratuito. Serão apenas 1min40seg. Questionado se não receia perder a segunda colocação em função deste pouco tempo de propaganda, afirmou que tem “uma minissérie” à disposição na TV. “Perto do que eu já tive em outras disputas, isso é uma minissérie”.

Candidato em chapa puro sangue, já que o nanico PRB, isolado, não se coligou a nenhum partido, Crivella declarou arrecadação no primeiro mês de campanha de R$ 212 mil. O governador e candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão, por exemplo, declarou arrecadação até o momento de R$ 5,7 milhões. Ele afirmou que, neste momento da campanha, recusaria doações de grandes empresas. “Não seria muito ético. Não estou dizendo que o Pezão não é ético, claro. Mas não aceitaria.”

Após a sabatina, o candidato seguiu para Belford Roxo, na Baixada Fluminsense, para corpo a corpo com eleitores.  

Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos

Fonte: Terra
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