O candidato do PR ao governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, afirmou que, caso eleito, irá cancelar a concessão do estádio Maracanã já em sua primeira semana de governo. Garotinho participou na manhã desta quarta-feira da sabatina promovida pelo canal de TV SBT, pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo portal UOL no estúdio da emissora no Rio de Janeiro.
"Hoje com o valor do ingresso o Maracanã virou um estádio de elite. Pelo preço do saco de pipoca parece que você esta na 'Disneilândia'", afirmou.
O deputado federal também criticou a gestão de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão e prometeu realizar auditorias em todos os contratos de concessão do estado. "Vou auditar todos os contratos de concessão. Cabral deu mais 28 anos (de concessão) à Supervia. Por quê? Porque a mulher dele é advogada da empresa?", questionou. Segundo ele a medida pode resultar tanto em revisões como em rompimentos de contratos.
O candidato comentou ainda os cerca de R$ 3 milhões que a sua campanha arrecadou até agora e disse que a verba veio da sigla. "Foi o próprio partido que doou. Nao foi para mim, foi para a nossa campanha. Eu não tenho o poderio de outros candidatos bancados por empresas. Tenho pessoas que torcem pelo meu governo", afirmou. Segundo ele, não há doações de empreiteiras "ainda". "Elas vão doar ainda, porque eu estou na frente."
Garotinho também citou uma “paixão secreta” do eleitorado por ele para justificar o seu primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. Ele ainda disse ter uma “ótima relação” com a presidente Dilma Rousseff, que pretende levar a um restaurante popular assim que ela voltar ao Rio para cumprir uma agenda de campanha ao seu lado, o que, segundo o candidato, deve ocorrer já na próxima semana. No começo do mês, a presidente, que tem quatro palanques no Estado, jantou em uma churrascaria na Baixada Fluminense ao lado de prefeitos da região e de Pezão, em contraponto ao encontro entre prefeitos e o candidato do PSDB a presidência Aécio Neves.
Garotinho também propôs uma fusão de pastas com a criação da secretaria de Defesa Social, uma união das secretarias de Segurança e de Assistência Social, o que daria uma característica mais “humana” ao secretário. Ele afirmou que vai manter as Unidades de Polícia Pacificadora, mas aumentando o seu papel social. “O papel da policia é prender, não é matar. Vou criar a secretaria de Defesa Social. Levar paz com inclusão. Paz com exclusão como a que existe eu não quero”, afirmou.
O candidato seguiu para uma agenda em farmácias populares no bairro do Méier, na zona norte do Rio de Janeiro.