O deputado federal e candidato ao governo do Rio de Janeiro Anthony Garotinho passou parte da tarde desta terça-feira conversando com moradores na favela da Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro. Ele subiu a Estrada da Gávea, principal via da comunidade, de mototáxi, e desceu a pé, parando de porta em porta para cumprimentar os comerciantes e muitas vezes parando até o trânsito ao falar com motoristas de vans e ônibus que trafegavam na via.
O ex-governador prometeu construir um restaurante popular no bairro e retomar programas sociais existentes em seu governo. "O próximo restaurante popular vai ser aqui na Rocinha. Podem espalhar por toda a Rocinha", afirmou.
Pelo caminho, moradores paravam para tirar fotografias com o candidato e alguns o xingavam. Garotinho confirmou ainda a visita da presidente Dilma Rousseff ao Rio nesta sexta-feira e disse que pretende levá-la a um restaurante popular em Bangu, na zona oeste da cidade.
O candidato também criticou o atual governador Luiz Fernando Pezão, a quem chamou de "bezerro órfão", e a decisão do governador de São Paulo Geraldo Alckimin de entrar na Justiça para ter direito às águas do Paraíba do Sul.
“Costumo definir o Pezão como um bezerro órfão. É aquele tipo de bezerro que a mãe morre e ele sempre procura uma tetinha para mamar. Pezão mamou na teta do governo Brizola, depois do governo Garotinho, depois do governo Rosinha, depois do governo Cabral”, afirmou.
Segundo Garotinho, a proposta do governador de São Paulo é “inadmissível”. “Politicamente, é inadmissível tentar se tirar água de um rio que abastece um estado que tem praticamente como única fonte de abastecimento como é o Paraíba do Sul para o Rio, ao contrário de São Paulo que tem outras alternativas”, afirmou.
Candidato à reeleição pelo PSDB, Alckmin afirmou nesta terça-feira, que não pretende entrar na Justiça pela água do rio Jaguari, que teve sua vazão reduzida por conta da falta de água no Estado paulista, afetando a bacia do rio Paraíba do Sul e prejudicando hidrelétricas do Rio de Janeiro. Segundo o jornal O Globo, o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo afirmou que havia a possibilidade de mover uma ação na Justiça, porém a informação foi negada pelo governador, que pediu apenas que se cumpra a lei.
“Nossa disposição é sempre de colaborar. Nós não reduzimos. A vazão do Jaguari vinha como estabeleceu o operador, com 10 metros cúbicos por segundo. De repente, de um dia para o outro, passou para 42 metros cúbicos por segundo e isso podia levar ao colapso. Queremos que se cumpra a lei, que é muito clara. Primeiro é para o abastecimento humano, depois de animais e depois as demais utilidades do sistema hídrico. Nossa disposição é o diálogo. Entendemos que não é necessário entrar na Justiça. Não precisa disso para aplicar a lei e temos um bom diálogo com os órgãos do governo federal”, afirmou Alckmin.
Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos