A gráfica High Level Signs, que foi fechada na última sexta-feira, no bairro do Meier, por supostamente produzir material irregular para a campanha da coligação do candidato ao governo Luiz Fernando Pezão (PMDB, PP, PSC e PTB), é fornecedora de agências de publicidade contratadas pelo governo do Rio de Janeiro. As informações constam no site da Casa Civil estadual e foram divulgadas nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a publicação, a gráfica seria responsável pela produção de material gráfico de programas estaduais como Lei Seca e Barreira Fiscal. No site da Casa Civil estadual, onde - por lei - é obrigatória a prestação de contas, o nome da empresa é encontrado como um dos prestadores de serviço para o governo.
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) suspeita de um grande esquema de desvio de dinheiro público para a elaboração da propaganda. Segundo o tribunal, o CNPJ divulgado nos cartazes não condiz com o da empresa e a tiragem produzida é maior que a impressa no material gráfico.
A suspeita é de que o dinheiro destinado para a campanha da coligação esteja financiando apenas a tiragem impressa nos cartazes e que as demais impressões - acima do divulgado oficialmente - sejam custeadas a partir do desvio de dinheiro público.
Em nota oficial, Pezão diz que sua campanha segue dentro da lei e a prefeitura nega contrato com a gráfica. “A Prefeitura do Rio informa que não possui nenhum contrato com a High Level Signs. A prefeitura afirma ainda que não existe nenhum tipo de aplicação de recurso público municipal em financiamento de campanha eleitoral de qualquer candidato”, afirma.
No entanto, a High Level é fornecedora das agências de publicidade contratadas pelo Estado. Além de produzir material de divulgação de programas estaduais, ela é responsável pela confecção de adesivos, placas e material para vagões de metrô, trens e carros. No site, a empresa aparece nas relações de fornecedores de 2011, 2012 e 2013, sendo que a desse ano ainda não está disponibilizada. A reportagem buscou a posição do governo do Estado sobre o assunto, mas não conseguiu estabelecer contato com a assessoria.
Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos