Apesar de ter ultrapassado Marcelo Crivella (PRB) e alcançado o segundo lugar na última pesquisa feita pelo Ibope para o Governo do Rio de Janeiro, o candidato do PMDB e atual governador, Luiz Fernando Pezão, ainda luta contra o desconhecimento por parte da população.
Pezão participou na manhã desta quarta-feira de uma sabatina na Fecomércio e disse que tem tempo para reverter o quadro: “Cerca de 27% das pessoas ainda acham que o governador é o Sérgio (Cabral). Mais de 50% não me conhecem. Mas, na última semana, subi seis pontos nesse índice e há tempo de melhorar mais”, disse Pezão.
Pezão é quem tem maior tempo de TV e aposta nisso para diminuir a distância de 10 pontos que o separam do ex-governador Anthony Garotinho (PR), líder da pesquisa com 28% de intenção de votos. “Nunca tive tanto tempo para me mostrar. O que faço melhor é trabalhar e ainda tenho muito o que entregar à população, que sabe do nosso esforço durante sete anos e meio de governo. Temos (hoje) um Estado muito diferente do que recebemos em janeiro de 2007”, disse.
Apesar de ter subido na intenção de voto na última pesquisa, Pezão cresceu também no índice de rejeição, com 20% (bem abaixo de Garotinho, que tem 35% de rejeição). “Pesquisa serve para analistas verem curvas e quedas. O tamanho dos meus pés me dá base para ficar bem tranquilo”, brincou.
Sobre a pesquisa que coloca Marina Silva (PSB), próxima da presidente Dilma Rousseff (PT) nas intenções de voto para o primeiro turno nas eleições presidenciais, Pezão confia na vitória de sua principal aliada. “Se precisar sentar com a Marina ou com o Aécio, sento. Mas torço para que seja com a Dilma”, disse Pezão, cujo partido no Estado apoia Aécio Neves (PSDB). “Dilma nunca disse não ao Rio”, afirmou, dizendo que, há cinco anos, o Estado é quem mais recebe investimentos do Governo Federal. “Quem governa o Rio já sabe que não podemos retroceder no bom relacionamento com o governo Federal.”
Durante a sabatina com os comerciários, Pezão falou em diminuir a carga tributária do Estado, diminuir o número de secretarias e diminuir o número de feriados, que de acordo com os comerciários causaram um prejuízo de mais de R$ 1 milhão apenas em 2014. Pezão voltou a bater na tecla da segurança e disse que vai aumentar o número de policiais para seguir com as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).