O governador e candidato à reeleição para o governo do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou nesta quinta-feira que se for eleito terá na figura do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) “uma fonte de consulta”. “Foi uma pessoa que esteve sete anos e meio no governo”, afirmou Pezão em sabatina promovida pelo diário O Globo, do Rio.
Cabral foi uma figura que ficou totalmente escondida dentro da candidatura de Pezão – muito em função da sua enorme rejeição conflagrada principalmente após as manifestações de junho do ano passado. Ele figurou em pesquisas como o governador com o pior nível de avaliação no Brasil – antes de passar o cargo para o próprio Pezão no final de março.
Desde então, Cabral não faz campanha com o ex-governador nas ruas e age apenas dentro dos bastidores. “Ele participou do meu primeiro governo e quem tem que aparecer sou eu que vou governar. Por que o Eduardo Paes não aparece, uma das melhores avaliações de prefeito do país? Quero avançar nessas conquistas e trazer as inovações no meu jeito de governar”, afirmou.
Pezão explicou ainda que Cabral, dentro da sua estratégia de campanha, é alguém que “eu sempre consulto. Ele me dá ideia de programas de televisão, mas quem vai governar sou eu”. Seja com a eleição de Aécio Neves (PSDB) ou a manutenção de Dilma Rousseff (PT) na presidência da República, o candidato disse ainda considerar Sérgio Cabral “um bom nome” para um eventual cargo de ministro. “Isso se ele quiser”, reiterou.
Outro ponto que chamou a atenção na sabatina foi o fato de que, se eleito, manteria o secretario de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame, no cargo que ele ocupa desde o início do governo Sérgio Cabral, em 2007.
“Eu não tenho nem tempo de discutir isso, quando a chega perto dele é tanto problema para discutir. Não vou ter pretensão de discutir isso antes da eleição. Mas tenho um carinho especial, somos amigos próximos, nossas mulheres se conhecem, e com ele conseguimos avanços significativos”, afirmou. “É uma pessoa que só engrandece qualquer cargo que for ocupar. Tenho profunda admiração pelo seu trabalho”, completou.